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quarta-feira, 30 de maio de 2012

MANIFESTOS ROSACRUZES


Caros amigos, existem alguns textos que são fundamentais para os estudantes Rosacruzes. Não se sabe ao certo quem os escreveu, mas deram início ao Rosacrucianismo moderno.
Esses texto são amplamente conhecidos, mas se alguém, porventura ainda não os conhece, vou posta-los em capítuos.

Fama Fraternitatis
ou
A Descoberta da Fraternidade da mais Louvável
Ordem da Rosa-Cruz
Considerando que o único sábio e misericordioso Deus nestes dias derramou tão profusamente Sua misericórdia e Sua bondade para a humanidade, por meio do que verdadeiramente atingimos mais e mais o conhecimento perfeito de seu Filho Jesus Cristo e da Natureza, de forma a podermos com justiça nos vangloriar desta época venturosa na qual não somente a nós nos foi revelada a metade do mundo que era até agora desconhecida e ocultada, mas Ele também tornou manifestadas para nós muitas maravilhosas obras e criaturas da Natureza nunca até aqui vistas e, além disso, elevou os homens, imbuídos de grande sabedoria, os quais poderiam parcialmente renovar e converter todas as artes à perfeição (nesta nossa maculada e imperfeita época), de forma que o homem finalmente pudesse por meio disto compreender sua própria nobreza e valor, e compreender por que é chamado Microcosmus e até onde seu conhecimento da Natureza se entende.
Entretanto com isto o mundo incivilizado ficará apenas pouco satisfeito, mas certamente disto sorrirá e escarnecerá; e também o orgulho e a cupidez dos eruditos é tão grande que não permitirá que eles concordem entre si; mas se estivessem unidos, poderiam, a partir de todas aquelas coisas que nesta nossa época Deus de fato tão profusamente nos concedeu, coligir o Librum Naturae, ou o Método Perfeito de todas as Artes. Mas tão grande é a sua oposição, que eles ainda mantêm, e são avessos a deixar, a antiga conduta, valorizando Porfírio, Aristóteles e Galeno, sim, e aquilo que tem mera aparência de erudição, mais do que a clara e manifesta Luz e Verdade. Esses, que se agora estivessem vivendo, com muita alegria deixariam suas doutrinas errôneas; mas eis aqui demasiada fraqueza para tão grande trabalho. E apesar de na Teologia, na Ciência e na Matemática a verdade ela mesma de fato se contraponha, o velho Inimigo, entretanto, por meio de sua sutileza e habilidade de fato se revela obstruindo todo bom propósito através de seus instrumentos e de pessoas contenciosas e inconstantes.
Com tal intenção de uma reforma geral, o muitíssimo piedoso e grandemente iluminado Pai, nosso Irmão, C.R.C., alemão, chefe e originador de nossa Fraternidade, trabalhou muito e por longo tempo, e quem, em razão de sua pobreza (embora descendendo de pais nobres), no quinto ano de idade fora colocado em um convento onde aprendeu indiferentemente as línguas grega e latina, e (em função de seu mais intenso desejo e solicitação), estando ainda em seus anos de crescimento, associou-se a certo Irmão P.A.L. que havia decidido ir para a Terra Santa. Embora este Irmão tenha morrido em Chipre e nunca tenha chegado a Jerusalém, nosso Irmão C.R.C., no entanto, não retornou, mas pôs-se a bordo e foi para Damasco, tendo em mente ir daquele lugar para Jerusalém. Mas em razão da debilidade de seu corpo, ainda lá permaneceu, e por sua habilidade na ciência conquistou muitos favores dos turcos, e nesse ínterim tornou-se familiarizado acerca dos Homens Sábios de Damcar na Arábia, e contemplou quais grandes maravilhas eles forjavam e como a Natureza se lhes revelava.


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