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terça-feira, 8 de maio de 2012

Livro "Uma Nova Realidade" degustação.

Caros,
Segue mais um pocuo do meu livro, que é a sequencia do que está disponível no site:



(continuação)

Ele me ofereceu água de um cantil que estava preso à sua cintura por um tipo de cinto.
 
Eu agradeci e aceitei com satisfação, pois minha sede era terrível. Enquanto eu bebia, ele me observava intensamente, porém de uma forma suave que não incomodava. Após saciar minha sede, perguntei a ele:
 
- Que lugar é esse?
 
Ele não respondeu a minha pergunta. Olhou ao redor, levantou a cabeça parecendo cheirar o ar e disse que deveríamos conversar em um lugar mais confortável, e que eu devia estar cansado e com fome e que sua esposa já deveria estar com o jantar pronto em sua casa que era ali perto.
 
Não tendo outra opção e realmente estando muito cansado e faminto, decidi aceitar o convite do ancião. Falei então:
 
- Já que estamos nos conhecendo, permita-me me apresentar: Meu nome é José.... e estiquei a mão direita para cumprimenta-lo. Esperei que ele também estendesse sua mão para apertar a minha, porém ele não o fez e apenas maneou levemente a cabeça.
 
Caramba! Eu fiquei como um pateta com a mão direita estendida e me veio uma vontade imensa de aproveitar a mão aberta e senta-la nas “ventas” daquele mal educado, porem me contive e baixei as mãos. Ele pareceu notar o meu desconforto e estava se divertindo com a situação, embora não fizesse nenhum comentário ou rido, apenas notei que sua expressão ficou mais alegre.
 
Ele respondeu então:
 
- Que notável coincidência! O meu nome também é José.
 
Aqui vale uma explicação: Quando falamos José, o som do “S” é como o som do “Z”, ou seja, dizemos JOZÉ. Ele falava de outra forma. Pronunciava o “S” bem acentuado de uma forma sibilante, algo como Josssé! Eu fiquei intrigado com aquela maneira de falar, porém não perguntei nada e nem fiz nenhum comentário. Daqui em diante vou me referir a ele como “Josssé” para que o som daquela pronúncia fique bem marcado.

Ele começou a andar e eu o seguia. Andava com muita agilidade e rapidamente.

E sobe morro, e desce morro e eu atrás dele, me sentindo envergonhado, pois tropeçava a todo o momento. O terreno era irregular e já estava ficando bem escuro. Eu estava miseravelmente ofegante e suava, apesar do tempo frio. Ele às vezes parava e pacientemente aguardava que eu o alcançasse. Apesar do escuro, tenho quase certeza que vi um leve sorriso em sua face.
 
Percebi então as cores maravilhosas daquele anoitecer. Conforme a Lua ia surgindo, tingia de prateado e azul o terreno a nossa frente. As árvores tinham um tom castanho muito bonito. O vento frio batia em minha face de maneira muito suave e agradável. Sem perceber eu parei de andar e fiquei admirando aquela paisagem irreal. Não sei quanto tempo passei assim até perceber que Josssé estava ao meu lado e disse:


 - É muito bonito, não é mesmo? A maravilha da Criação ainda não nos é dado conhecer, porém podemos admirá-la sempre que quisermos. Nessas horas podemos ter certeza da sapiência da natureza, da grandiosidade do mundo e de seus habitantes. E é muito interessante saber que neste exato memento algumas vidas estão iniciando, com o nascimento de animais e insetos no meio deste campo todo.
 
 - Assim é, respondi admirado por suas palavras e fiquei pasmo ao verificar que ele estava ali ao meu lado, pois da última vez que o vi estava há muitos metros na minha frente.
 
Ficamos assim por um tempo então ele disse que deveríamos continuar nossa jornada, E assim, votamos a caminhar.

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