MANIFESTOS ROSACRUZES
Caros amigos, existem alguns textos que são fundamentais para os estudantes Rosacruzes. Não se sabe ao certo quem os escreveu, mas deram início ao Rosacrucianismo moderno.
Esses texto são amplamente conhecidos, mas se alguém, porventura ainda não os conhece, vou posta-los em capítuos.
Fama Fraternitatis
ou
A Descoberta da Fraternidade da mais Louvável
Ordem da Rosa-Cruz
ou
A Descoberta da Fraternidade da mais Louvável
Ordem da Rosa-Cruz
Considerando que o único sábio e misericordioso Deus nestes dias
derramou tão profusamente Sua misericórdia e Sua bondade para a humanidade, por
meio do que verdadeiramente atingimos mais e mais o conhecimento perfeito de
seu Filho Jesus Cristo e da Natureza, de forma a podermos com justiça nos
vangloriar desta época venturosa na qual não somente a nós nos foi revelada a
metade do mundo que era até agora desconhecida e ocultada, mas Ele também
tornou manifestadas para nós muitas maravilhosas obras e criaturas da Natureza
nunca até aqui vistas e, além disso, elevou os homens, imbuídos de grande
sabedoria, os quais poderiam parcialmente renovar e converter todas as artes à
perfeição (nesta nossa maculada e imperfeita época), de forma que o homem
finalmente pudesse por meio disto compreender sua própria nobreza e valor, e
compreender por que é chamado Microcosmus e até onde seu conhecimento da
Natureza se entende.
Entretanto com isto o mundo incivilizado ficará apenas pouco satisfeito,
mas certamente disto sorrirá e escarnecerá; e também o orgulho e a cupidez dos
eruditos é tão grande que não permitirá que eles concordem entre si; mas se
estivessem unidos, poderiam, a partir de todas aquelas coisas que nesta nossa
época Deus de fato tão profusamente nos concedeu, coligir o Librum Naturae,
ou o Método Perfeito de todas as Artes. Mas tão grande é a sua oposição, que
eles ainda mantêm, e são avessos a deixar, a antiga conduta, valorizando
Porfírio, Aristóteles e Galeno, sim, e aquilo que tem mera aparência de erudição,
mais do que a clara e manifesta Luz e Verdade. Esses, que se agora estivessem
vivendo, com muita alegria deixariam suas doutrinas errôneas; mas eis aqui
demasiada fraqueza para tão grande trabalho. E apesar de na Teologia, na
Ciência e na Matemática a verdade ela mesma de fato se contraponha, o velho
Inimigo, entretanto, por meio de sua sutileza e habilidade de fato se revela
obstruindo todo bom propósito através de seus instrumentos e de pessoas
contenciosas e inconstantes.
Com tal intenção de uma reforma geral, o muitíssimo piedoso e
grandemente iluminado Pai, nosso Irmão, C.R.C., alemão, chefe e originador de
nossa Fraternidade, trabalhou muito e por longo tempo, e quem, em razão de sua
pobreza (embora descendendo de pais nobres), no quinto ano de idade fora
colocado em um convento onde aprendeu indiferentemente as línguas grega e
latina, e (em função de seu mais intenso desejo e solicitação), estando ainda
em seus anos de crescimento, associou-se a certo Irmão P.A.L. que havia
decidido ir para a Terra Santa. Embora este Irmão tenha morrido em Chipre e
nunca tenha chegado a Jerusalém, nosso Irmão C.R.C., no entanto, não retornou,
mas pôs-se a bordo e foi para Damasco, tendo em mente ir daquele lugar para
Jerusalém. Mas em razão da debilidade de seu corpo, ainda lá permaneceu, e por
sua habilidade na ciência conquistou muitos favores dos turcos, e nesse ínterim
tornou-se familiarizado acerca dos Homens Sábios de Damcar na Arábia, e
contemplou quais grandes maravilhas eles forjavam e como a Natureza se lhes
revelava.
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