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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

 Boa tarde

Vou iniciar uma postagem das MANIFESTAÇÕES DA ORDEM MARTINTISTA, abordando várias ramificações Martinista que existiram e ainda existem.

Vou começar pela mais conhecida e que possui mais membros que é a TOM - Tradicional Ordem Martinista que atua "sob os auspícios" da AMORC.

Esclarecendo que só pode solicitar afiliação à TOM, Rosacruzes que atingiram o 1º Grau de Templo. Antigamente, quando eu me filiei era necessário estar no 9º Grau.

Outra coisa, os manuscritos com as lições foram alterados. Não sei a data que isso ocorreu, mas eu tenho os antigos, dos anos 90 e estou recebendo agora os novos, que são bem diferentes. Não consegui encontrar nada que explique o que ocorreu. Claro que imagino a causa, mas se alguém tiver uma explicação oficial, por favor me ajudem com essa informação.

Eu até enviei um e-mail para o Grande Mestre da AMORC aqui do Brasil sobre esse e outros assuntos que gostaria de esclarecimentos, mas até hoje não obtive resposta. Já faz uns 4 meses.

Assim sendo, vamos iniciar o texto:

Inicialmente, segue uma lista das diferentes Ordens Martinistas que foram fundadas após a morte de Papus em 1916:

1916 Ordre Martiniste-Martinéziste/ L’Ordre Martiniste de Lyon 

1918 (1921) Ordre Martiniste et Synarchique 

1931 Ordre Martiniste Traditionnel 

1943 Ordre Martiniste des Elus Cohens 

Ordre Martiniste Rectifié 

1952 Ordre Martiniste de Papus 

1958 Fédération des Ordres Martinistes 

1960 Ordre Martiniste (L’Ordre Martinist de Paris) 

1968 Ordre Martiniste de Belgique 

1968 (1975) Martinisten Orde der Nederlanden / O*M* des Pays-Bas 

1968 Ordre Martiniste Initiatique 

1971 Ordre Martiniste des Chevaliers du Christ O*M*C*C* 

1975-1980 Hermetic Order of Martinists (U.K.) 

1977 De Martinisten Orde der Nederlanden in België / O*M* des Pay-Bas in Belgium 

Ordre des Chevaliers Martinistes 

1982 Rose+Croix Martinist Order (Ontario, Canada) 

1989 Ordre Martiniste Hermétique de Belgique 

1990 Traditional Martinist Order of the U.S.A. Inc. 

1991 British Martinist Order 

Rose+Croix Martinist Order (Colorado, U.S.A.) 

Cadre Vert (Belgium) 

Martinist Order of the Temple +M*O*T+ 

1996 (?) Ordre Martiniste S:::I::: / O*M* de Luxembourg 

Ancient Martinist Order 

Theurgical Martinist Order 

Ordre Reaux Croix

Grand Chapitre Martiniste (Grand Prieuré des Gaules)

?? Ordre des chevaliers Francs-maçons Elus Coens de l'Universelle Fraternité 

2004 Martinist Order of New Zealand 

2005 Ordre Chevaleresque De Martinist 

Escolas e Institutos Martinistas independentes franceses

L'Institut Eléazar 

1992 C.I.R.E.M. 

Centre International de Recherches et d'Etudes Martiniste 

Itália

Ordine Martinista Napolitano 

Ordine Martinista 

Ordine Martinista Antico 

Ordine Martinista Universali 

Ordre Souverain des Chevaliers Martinistes et Elus Cohen de L’Univers 

Ordine Martinista Ermetico 

Ordine Martinista Kremmerziano 

Ordine Martinista Operativo Tradizionale 

Espanha

Orden Martinista 

Antigua Orden Martinista (Jurisdicción Española) 


Martinismo na América do Sul (Brasil, Chile, Argentina)

O*M* & S, OM Brasileira, A M*O*, O*M*CC (Brasil) 

Orden Martinista Iniciática de Chile 

Ordem Martinista / Ordem de Templos Operativos 

 





segunda-feira, 11 de março de 2013




CONFIDENCIAL????
 
Boa tarde diletos amigos!
Faz tempo não é???
 
Bom, hoje eu gostaria de falar um pouco de um tema muito interessante.
A confidencialidade, os segredos, os sigilos das Ordens e Fraternidades Iniciáticas.
Quando eu iniciei, esses segredos eram extremamente bem guardados, não havia muito jeito de conseguir qualquer informação de um grau maior do que o seu.
Eu me lembro bem, principalmente na Maçonaria, quando eu era Aprendiz, que jamais vazava uma informação de um grau maior. Todos os Aprendizes tinham uma saudável curiosidade para saber alguma coisa do que viria a seguir, mas não conseguiam.
Na Rosacruz, o sigilo era maior ainda. Não se sabia ao certo, nem quantos graus havia, nem o tempo necessário para alcança-los. A pouca informação que tínhamos estava no “Manual Rosacruz”, (livro fantástico que me acompanhou por vários anos), e mesmo assim, cuidadosamente velada aos olhos profanos. Lembro que havia rumores de palavras secretas que tinham um grande poder, que poderiam causar efeitos muito fortes e que seriam reveladas “na hora certa”. Imagina como esse tipo de informação agia em minha mente adolescente.
Na Ordem Martinista então.... nada, absolutamente nada era divulgado. Quando me iniciei fiquei pasmo com o cerimonial. Palavras de passe, gestos, cumprimentos, não havia como sabe-los com antecedência.
 
Porém, as coisas mudaram muito hoje em dia. Com o advento principalmente da Internet, praticamente não existem mais segredos.
Mudou muito. Os segredos foram revelados e tornados públicos de uma forma irreversível e a “honra de guardar segredo” ficou apenas no abstrato.
É facilmente obtido qualquer segredo de qualquer organização secreta na Internet.
Eu fiz algumas pesquisas e consegui, sem muita dificuldade, encontrar todos, eu disse todos, os segredos de todos os Ritos da Maçonaria, da Ordem Rosacruz, da Ordem Martinista, da Golden Dawn, etc. Todos os Rituais, todas as cerimônias, as plantas dos Templos, a decoração, o vestuário... tudo.
Talvez isso explique um pouco a falta de interesse do público em geral pelas ditas “sociedades secretas”. A procura diminuiu bastante... talvez o “charme” de possuir um conhecimento secreto tenha perdido sua força, e cá entre nós, não existem mais segredos.
Eu brinco em minha Loja Maçônica dizendo que nos escondemos nossos segredos dos Aprendizes e Companheiros, porém é tudo pro-forma.... eles com certeza já sabem todos....
Confesso que não tenho certeza se isso é bom ou ruim... cada um deve ter sua interpretação pessoal.
Grande abraço.
 
JCBoscolo

terça-feira, 24 de julho de 2012

A NOITE NEGRA DA ALMA



RALPH M. LEWIS, Imperator - Ordem Rosacruz, AMORC

Que é a Noite Negra da Alma? Trata-se de um termo há muito usado pelos místicos para denotar certo estado emocional e psicológico, assim como para indicar um período de testes por que todo mortal passa alguma vez em sua vida. Essa Noite Negra da Alma é caracterizada por uma série de fracassos; o indivíduo experimenta muitas frustrações. Qualquer coisa que o indivíduo se propõe a fazer parece carregada de incertezas e obstáculos. Não importa o quanto ele tente ou que conheci­mentos aplique, o indivíduo se sente amarrado. Quando prestes a se concretizarem, as oportunida­des parecem escapar de suas mãos. Coisas com as quais ele muito contava, não se realizam. Seus pla­nos tornam-se estáticos e não se concretizam. Ne­nhuma circunstância lhe oferece solução ou enco­rajamento quanto ao futuro. Este período é reple­to de desapontamento, desânimo e depressão.

Durante esse período, o indivíduo sente-se for­temente tentado a abandonar seus mais acalenta­dos ideais e esperanças, tornando-se extremamente pessimista. O maior perigo, contudo, é sua tendên­cia de abandonar todas aquelas coisas às quais atribuía grande valor e importância na vida. Ele pode achar que é inútil continuar seus estudos místicos, suas atividades culturais e sua afiliação a entidades filantrópicas. Caso ceda a essas tentações, estará realmente perdido. De acordo com a tradição mística, este é o período em que a fibra da personalidade- alma é testada. Suas verdadeiras convicções, sua força de vontade e seu merecimento de maior iluminação são colocados à prova. Se o indivíduo sucumbe a essas condições, embora a frustração e o desespero possam diminuir, ele não conhecerá o júbilo da verdadeira conquista na vida. Daí por diante, sua existência poderá ser medíocre e ele não experimentará verdadeira paz interior.

Não se trata de algum tipo de punição imposta ao indivíduo. Como evidenciam os ensinamentos místicos, não é uma condição cármica. É, isto sim, uma espécie de adaptação que o indivíduo deve fazer dentro de si mesmo para evoluir a um nível mais elevado de consciência. É uma espécie de desafio, uma espécie de exigência de que a pessoa re­corra à introspecção e promova uma reavaliação de seus ideais e objetivos na vida. Uma exigência de que a pessoa abandone interesses superficiais e se decida sobre o modo em que deve utilizar sua vida. Não significa que o indivíduo deva abandonar seu trabalho ou meio de vida, mas, que ele deve reestruturar sua vida futura. A Noite Negra o faz perguntar-se sobre quais as contribuições que ele pode fazer à humanidade. Faz com que ele descubra seus pontos fracos e fortes.

Se a pessoa fizer esta auto-análise durante a Noite Negra ao invés de apenas lutar contra suas frustrações, toda a situação mudará para melhor. Ela passa a ter domínio sobre acontecimentos que concluiu serem meritórios. Mais cedo ou mais tarde, então, advém a condição que há muito os místicos chamam de Áureo Alvorecer. Subitamente, parece haver uma transformação: a pessoa torna-se efervescente de entusiasmo. Há um influxo de idéias estimulantes e construtivas que ela sente poder converter em benefícios para sua vida. Todo o novo curso de sua existência é promissor. Em contraste com as condições anteriores, sua nova vida é verdadeiramente áurea no alvorecer de um novo período. Acima de tudo, há a iluminação, o discernimento aguçado, a compreensão de si mesmo e de situações que antes não compreendia.

Aqueles que não têm conhecimento deste fenômeno mas que no entanto perseveram e superam a Noite Negra da Alma, tomam-se algo confusos pelo que lhes parece uma transformação inexplicável em seus afazeres e obrigações. Particularmente estranho lhes parece o que acreditam ser alguma energia ou combinação de circunstâncias externas que produziu a mudança. Eles não percebem que a transformação ocorreu em sua própria natureza psíquica como resultado de seus pensamentos e vontade.

Quando é que começa a Noite Negra da Alma? Em que idade ou período da vida ela ocorre? Podemos responder que normalmente ela se sucede ao fim de um dos ciclos de sete anos, como 35, 42, 49, 56, 63... anos de idade. Ela ocorre com mais freqüência no fim do ciclo dos 42 ou 49 anos, e muito raramente aos 63 ou além.

Quanto tempo ela dura? Em verdade ninguém pode responder esta pergunta pois sua duração é individual. Depende de como a pessoa tenha vivido; de seus pensamentos e ações. Contudo, enfatizamos uma vez mais: A Noite Negra não advém como punição pelo que a pessoa possa ter feito no passado, mas, sim como um teste do merecimento de penetrar no Áureo Alvorecer. Talvez quanto mais circunspecto seja o indivíduo, quanto mais sincero ele seja na busca de realizar nobres ideais, tanto mais cedo sua determinação e seu verdadeiro caráter serão postos a prova pela Noite Negra da Alma.

Por quanto tempo tem a pessoa de suportar es­sa experiência? Isto também varia de acordo com o indivíduo. Se ele resiste, se não sucumbe à tentação de abandonar seus hábitos, prática e costumes meritórios, a Noite logo termina. Se, porém, ele sucumbe, entrega-se à estagnação profunda e abandona seu melhor modo de vida, então a Noite pode continuar em diferentes intensidades pelo resto de sua vida.

Deve-se compreender, repetimos, que esta não é uma experiência ou fenômeno que ocorre somente para os estudantes de misticismo. Aliás, ela não guarda relação direta com o tema do misticismo, exceto pelo fato de ser um fenômeno natural, psicológico e cósmico. Os místicos o explicam; os outros, não. Os psicólogos, por exemplo, dirão que se trata de um estado emocional, uma depressão temporária, um estado de ânimo que inibe o pensa­mento e a ação da pessoa, o que explica os fracassos e as frustrações. Eles procurarão encontrar algum pensamento, alguma repressão subconsciente para explicar tal estado. Como dissemos, a Noite Negra ocorre na vida de todo mundo, independentemente de a pessoa conhecer ou não algo de misticismo. É bem provável que você tenha conhecido alguma pessoa que passou por esse período. As coisas para tal pessoa pareciam redundar em fracassos, a despeito de quanto esforço ela fizesse. Então, algum tempo depois, es­sa pessoa tomou-se bem sucedida, feliz, parecendo ter outra personalidade.

Entretanto, o indivíduo, por sua própria negligência, pode acarretar condições semelhantes às da Noite Negra. Uma pessoa preguiçosa, indolente, descuidada, indiferente e sem senso prático acarretará muitos fracassos à sua própria vida. Ela pode lastimar-se de sua sina a outros, e, se conhecer algo a respeito, poderá mesmo dizer que está passando pela Noite Negra. Mas saberá que a falha está em seu próprio interior.

A diferença entre esta pessoa e o indivíduo que está realmente passando pela Noite Negra está em que o último, pelo menos a princípio, sinceramente procurará enfrentar cada situação e aplicar seu conhecimento até que chegue a compreender que está bloqueado por algo maior que sua própria capacidade. A pessoa indolente, porém, sempre sabe que é indolente, quer isto admita ou não. A pessoa negligente sempre sabe que negligenciou o que deveria ter realizado. A pessoa descuidada que é as­sim por hábito, sabe que não vai muito longe e que comete muitos erros.

terça-feira, 10 de julho de 2012


Onde está a “verdade verdadeira”?



Caros amigos.

Eu já estudo o misticismo há 35 anos, participei de várias organizações e atualmente ainda participo de muitas delas.

Foi, e está sendo, muito interessante verificar que em alguns casos os ensinamentos são bastante parecidos, em alguns casos, exatamente os mesmos, já em outras, os ensinamentos são antagônicos com as outras. Isso sempre me fez pensar, “quem é possuidor da verdade?”.

Sempre ouvimos dizer que a verdade é única, e eu acredito que tem que ser assim, caso contrário, voltaríamos ao caos de onde saiu a ordem, mas aparentemente a verdade possui algumas “versões diferentes”.

Em algumas organizações, temos o benefício da experimentação prática, onde temos a chance de constatar individualmente a veracidade ou não de certa lei ou princípio.

Como exemplo, cito a lei da reencarnação, (embora esta seja quase uma unanimidade em todas as organizações), onde com a aplicação de certos princípios esotéricos é perfeitamente possível recordar algumas passagens de nossa última encarnação e até anteriores a esta. Isso eu posso falar por experiência própria.

Porém vamos mais longe um pouco. Como hoje em dia a informação está muito mais fácil de ser obtida, sabemos que vários cientistas e os céticos em geral, tentam explicar essas experiências como fantasias da mente, algo criado por nós mesmos e não fruto da lembrança de outras vidas. Eles afirmam categoricamente que a vida é fruto de reações químicas e elétricas no corpo humano, que nada tem a ver com a presença de um ser espiritual que está dentro de nós e que na chamada morte física não é destruído e pode encarnar novamente em um novo corpo físico, no recém-nascido.

Se formos pensar analiticamente, eles têm razão, pois para a ciência algo que não pode ser medido, observado, estudado, catalogado, etc. em seus laboratórios simplesmente não existe. Assim, pode-se colocar em questão a própria existência da Divindade. O que é Deus na visão científica?

O que tenho notado atualmente, é que essa visão está adquirindo muitos adeptos! Os documentários que existem hoje em dia em canais pagos como a Discovery Chanel, History Chanel, entre outros, estão sempre divulgando novas teorias científicas a esse respeito, e confesso que quando assisto, sou obrigado a crer que eles têm razão, pois seus argumentos são fortíssimos e muito bem fundamentados.

O universo não seria uma criação Divina e sim algo que teve início no chamado Big-Bang e continua se expandindo até hoje.

Os efeitos da chamada “quase morte”, aonde a pessoa chegou a ver seu corpo deitado, ver luzes, etc., não passaria de impulsos elétricos do cérebro que estaria tentando encontrar sentido para aquela situação e cria fantasias que são interpretadas como realidade.

Voltando à diferença entre os ensinamentos, em algumas Ordens é ensinado que o corpo do homem é composto de três partes: O Corpo Físico, a Personalidade e a Alma. Segundo essa visão, o corpo físico é o receptáculo para os outros dois; a Personalidade é a parte que acumula todas as experiências de todas as vidas passadas e a atual, e a Alma é a parcela da Divindade dentro de nós que sendo parte Dela, com a morte retornaria para Deus.

Outras Ordens, afirmam que o homem é composto apenas de duas partes: o Corpo Físico e o Corpo Espiritual, sendo que este seria ao mesmo tempo a parcela divina dentro de nós a as experiências seriam acumuladas também por essa parte. Quando da transição, o Corpo Espiritual retornaria ao seu local de origem, onde aguardaria uma nova encarnação para continuar seu desenvolvimento.

Outras Ordens ainda seguem o mesmo padrão acima, porém afirmam que durante a estadia da Alma no plano Astral, estaria continuando seu desenvolvimento também.

Algumas Ordens afirmam a existência de Mestre Cósmico, ou mentes que encarnadas ou não seriam nossos guias no desenvolvimento nesta existência, outras, já acreditam que existe apenas nosso Mestre Interior, ou seja, aquele ser Espiritual que habita dentro de nós e possui a sabedoria de diversas encarnações.

Citei apenas alguns casos, mas poderia me estender bastante nesse assunto, porém fica a questão em aberto:

QUEM TEM O VERDADEIRO CONHECIMENTO?

 JCBoscolo – FRC – SI - MI - 33

sexta-feira, 6 de julho de 2012


Ordem Rosacruz, AMORC

versus

Gary L. Stewart

Os membros mais antigos da AMORC sabem que 1990, alguns fatos aconteceram e o então Imperator Gary L. Stewart foi afastado sendo substituído pelo atual Imperator Christian Bernad que permanece até hoje.

Segundo soube depois, os fatos se relacionavam com um suposto desvio de recursos financeiros dos cofres da AMORC para outras finalidades. Nessa época eu já tinha 13 anos de filiação à AMORC e, evidentemente fiquei extremamente chateado com o ocorrido, embora a AMORC não tenha entrado em muitos detalhes do ocorrido nem de suas consequências e desdobramentos.

Com isso, o antigo Imperator, Gary L. Stewart, fundou a “Confraternidade Rosae Crucis - CRC” transmitindo os ensinamentos de acordo com as monografias originais de H.S. Lewis. (segundo as declarações do próprio Gary L. Stewart)

Mesmo decepcionado, continuei com os estudos da AMORC onde estou até hoje, pois aprendi a não confundir os dirigentes com a Organização.

Então, quero deixar muito claro que não estou tomando nenhum partido, não estou dizendo quem estava certo ou errado e nem criticando ninguém. Tenho profundo respeito pela AMORC e pala CRC e estou postando o texto exatamente como o recebi, sem incluir ou suprimir uma única letra. Que cada um tire suas próprias conclusões.




“Na segunda-feira 12 de janeiro de 1987 às 23h26, uma nuvem escura desceu sobre a Ordem Rosa-Cruz. Era a transição do Imperator Ralph M. Lewis, filho do Dr. H. Spencer Lewis. O archote e as rédeas da liderança foram transmitidos ao novo Imperator Gary L. Stewart.”
 

Esta declaração foi feita:

“Em 23 de janeiro de 1987, a Diretoria da Suprema Grande Loja da AMORC, Inc., elegeu Gary L. Stewart para o Ofício de Imperator da Ordem Rosacruz, AMORC, sucedendo Ralph M. Lewis. A Instalação formal do novo Imperator ocorrerá no Templo Supremo na cerimônia anual do Ano Novo Rosa-Cruz, sexta-feira, 20 de março de 1987 às 20h.

A declaração também afirmava que duas outras eleições haviam ocorrido. Cecil A. Poole reassumiu a Vice-Presidência da Suprema Grande Loja e Christian Bernard foi eleito membro da Diretoria da Suprema Grande Loja no ofício de Supremo Legado. Tudo ocorreu como planejado e, numa cerimônia mística solene, Gary L. Stewart foi devidamente instalado na ocasião e no local designados como Imperator da Ordem Rosacruz, AMORC.”
 

Tradução em português da Carta da CR+C do Imperator

23 de outubro de 1993.

PARA: Comendadorias da Ordem da Milícia Crucífera Evangélica (O.M.C.E.)

Lojas e Capítulos da Confraternidade Rosae Crucis (CR+C)

DE: Gary L. Stewart, Cavaleiro Comandante e Imperator



Ref.: Declaração

INSTRUÇÕES: Para ser lida aos membros reunidos, antes ou após o Trabalho Ritualístico. Cópias desta carta podem ser distribuídas aos membros presentes que a solicitarem. Embora esta não seja uma declaração confidencial, não a estarei difundindo entre os membros em geral nem deve ela ser publicada em qualquer boletim.

Caros irmãos e irmãs:

Inicialmente eu havia decidido fazer uma simples declaração comunicando que a ação judicial entre mim e a AMORC estava terminada e agradecendo a todos os irmãos e irmãs que apoiaram tanto o Ofício do Imperator quanto a minha pessoa no decorrer dos eventos dos últimos três anos. Como vocês todos estão bem cientes, pouco falei sobre a questão judicial e, no pouco que realmente falei, jamais critiquei ou ataquei quaisquer indivíduos ou entidades. Mais precisamente, incentivei-os todos, independentemente de suas inclinações, a concentrar suas energias no Trabalho Espiritual.

Palavras são inexpressivas a menos que estejam unidas a atos de realização.

E se nossas palavras e ações são puras e a Serviço da Luz, então resistimos isentos e livres da fraude e do motivo dissimulado. Na Senda Espiritual a clareza de propósito e de direção é essencial. Para o Rosa-Cruz, a liberdade da Verdade — e a busca de tal liberdade — é apenas um dos muitos aspectos da criação do Movimento. Se não mantivermos tais atributos, se não mantivermos um alto nível de integridade e responsabilidade, então nada temos e nada representamos.

Eu mantive silêncio por uma razão crucial — embora existissem outras de menor importância — e assim foi porque nosso Trabalho é por demais importante para degradar-se em função de nosso envolvimento na sujeira de um processo civil de uma Corporação. Por que travar batalhas com indivíduos que nem mesmo compreendem a guerra? Com pessoas que persistem na publicação de propaganda enganosa? Temos apenas um propósito, que é o de Servir à Luz da Verdade!

Outros preferiram defender suas ações; mas a que preço? Não são a mentira, a falsificação e a deturpação da verdade as marcas das trevas da ignorância?

Felizmente, no tocante a esta situação, os seguidores de tais procedimentos são a minoria. Mas o que essa minoria conseguiu? Nada além de enfraquecer uma entidade e torná-la vulnerável aos abutres que não têm outro propósito a  não ser o de se lançar como aves de rapina sobre os fracos, e que se identificaram com o propósito declarado de destruir por vingança. Os abutres aos quais me refiro são aquela entidade que professa estar “servindo aos ideais do movimento Rosa-Cruz”. Essas Crônicas não valem o tempo gasto para lê-las, e certamente não refletem o pensamento Rosa-Cruz de forma nenhuma.

Eu quebrei meu silêncio e ao fazê-lo, rogo para que os leitores desta carta mantenham sua concentração na realização do Trabalho Espiritual, e se recusem a ser perturbados pela emotividade, envolvendo-se em qualquer outra coisa que não seja a pureza de seu próprio Trabalho. Não censurem nem briguem com a AMORC ou com seus assinantes por causa dos atos de uns poucos. Aquela entidade precisa se curar e explorar as possibilidades de sua nova estrutura e novo propósito declarados. Não se rebaixem tornando-se envolvidos nas ações professadas pelas “Crônicas Rosa-Cruzes”.

Devemos nos perguntar sobre seus motivos e porque eles escolheram apresentar a verdade de forma tendenciosa e injusta. Mantenham-se, de preferência, concentrados no Trabalho Espiritual e permaneçam sem vacilar em sua Obra para o Movimento Rosa-Cruz.

 Foi por causa da declaração de Kristie Knutson sobre o término do processo, as inferências que ela faz e os boatos resultantes que circularam sobre aquela declaração, que estou elaborando minha própria declaração. Esta será a ultima vez que me refiro a este assunto até o julgamento a ser realizado em Dallas em 1994. Então, tornarei públicos todos os documentos, a correspondência trocada com os advogados da AMORC, a Comunicação Mútua e outros itens relativos ao nosso acordo.

Primeiro: Knutson declara em sua carta: “Embora não nos seja permitido revelar informações específicas sobre cada acordo, podemos lhes dizer que os acordos foram favoráveis à AMORC e incluíram o recebimento de fundos do Silicon Valley Bank e de vários outros acusados”. Ela declara, e nos leva a crer, que o acordo entre mim e a AMORC fora feito sob uma cláusula de confidencialidade e um manto de sigilo. Não o foi. Tanto eu quanto a AMORC estamos realmente livres para divulgar toda e qualquer informação relacionada ao nosso acordo. Quanto aos boatos gerados por sua declaração de que a AMORC recebera dinheiro de mim como resultado de nosso acordo, são uma inverdade. Nada paguei à AMORC ou a quem quer que fosse, indivíduo ou entidade, com relação ao processo ou ao que foi acordado.

Segundo: sobre o boato que, no decorrer da resolução de nossa ação judicial, eu concordei em renunciar o direito que tinha como Imperator ou qualquer associação com o Rosacrucianismo, mais uma vez é uma inverdade. De fato, aconteceu o contrário. Fui escolhido como o sucessor de Ralph Lewis pelo próprio Ralph Lewis, e ele confirmara sua escolha informando-a a um certo número de indivíduos pré-selecionados. Jurei oficialmente e fiz uma promessa pessoal a Ralph Lewis que manteria e defenderia aquele Ofício por toda a vida e que também escolheria meu sucessor no momento adequado. Ainda mantenho, e continuarei a manter, a linhagem de Imperator a mim conferida por Ralph Lewis.

Terceiro: quero deixar claro que não busquei um acordo com a AMORC.

 Eles me pediram um acordo e, tanto quanto eu saiba, a todas as outras partes no processo.


Finalmente, gostaria de apresentar uma breve cronologia dos eventos:


a)            Sexta-feira, 13 de abril de 1990: o processo judicial começa.

b)            25 de abril de 1990: escolho redefinir a guerra e concordo em negociar um acordo. O acordo fracassa; concordo com a Injunção Preliminar, e retiro o Ofício do Imperator da AMORC.

c)            De abril a novembro de 1990: a AMORC redefine sua estrutura corporativa e nega o status Tradicional do Imperator, redefinindo aquele Ofício como sendo idêntico ao de Presidente de uma Corporação. A Corte sustenta que a Diretoria de uma Corporação tem o direito de destituir um presidente pelo voto majoritário. Considerando que a Corporação afirmou que Imperator significa presidente da Corporação, a AMORC admite a retirada do Ofício Tradicional.

d)            Entre novembro de 1990 e maio de 1993, tive pouco envolvimento ou conhecimento do processo, exceto pelas questões relacionadas abaixo, que me envolviam pessoalmente.

e)            Abril de 1991: introduzo o Ofício do Imperator na Ancient Rosae Crucis.

f)             Novembro de 1991: instruo meu advogado a desistir de minha reconvenção inativa contra a AMORC.

g)            07 de janeiro de 1992: Efetiva-se a desistência de minha reconvenção em meu prejuízo (a favor da AMORC).

h)            Fevereiro de 1993: tomei conhecimento de que a AMORC e o Silicon Valley Bank entraram em acordo. A AMORC desistiu de sua queixa contra o banco e o banco desistiu de sua reconvenção contra a AMORC de conspiração e fraude. (Nota: em 1990, Donna O’Neill escreveu que a AMORC pagara US$600.000 de taxa de empréstimo ao banco, embora toda a questão ainda estivesse em litígio e tecnicamente não devesse ter sido paga). Knutson agora escreve que a AMORC recebeu dinheiro do banco como resultado do acordo entre eles. De acordo com os documentos do Tribunal, a quantia paga à AMORC foi de US$290.000 — US$ 310.000 a menos do que a AMORC lhes tinha pagado em 1990!

i)             Em março de 1993, descubro que o julgamento deste caso está marcado para 14 de junho de 1993.

j)             Em maio de 1993, sou contatado pela firma de advocacia de San Francisco, Wallace B. Adams, que representa a “Insurance Company of North America” (INA), a quem a Suprema Grande Loja (SLG), AMORC Inc. requereu, em outubro de 1990, pagamento de seguro. Eu jamais ouvira falar dessa companhia. Uma vez que a carta de Knutson afirma: “... companhias seguradoras”, assumo que a AMORC tivesse mais de uma. A firma de advocacia me mandou uma passagem de avião em maio de 1993, e passei dois dias discutindo com eles o processo. Enquanto lá estive vi, pela primeira vez, três documentos cruciais que nunca havia visto antes:

i.              Uma apólice de seguro de responsabilidade criminal contra mim pela AMORC em maio de 1989;

ii.             Outra apólice de seguro de responsabilidade criminal contra mim em outubro de 1989. Ambas as apólices tinham validade de um ano. (Eu desconhecia qualquer uma das apólices); e iii. Um documento de confirmação por telex enviado a Burnam Schaa pela firma de Dean Whitter, confirmando que eles haviam enviado por telex a soma de US$250.000 para Pittsburgh em fevereiro de 1990, conforme instruções de Schaa. (Muitos de vocês devem se lembrar de minha alegação que, não somente não autorizei a transferência daquela quantia, como nem ao menos dela sabia a não ser semanas mais tarde. Schaa declarou sob juramento que não autorizara a transferência.).

 No que Irving Söderlund, em nome da SGL, AMORC Inc., requereu o pagamento do seguro em outubro de 1990, no montante de US$300.000, por “atos desonestos e fraudulentos de Gary L. Stewart e Nelson Harrison...” com referência à transferência de US$250.000 (feita por Schaa) e uma transferência de US$500.000 (que realmente autorizei), a companhia de seguros começou a questionar a “honestidade” da reivindicação.

 Através de suas próprias investigações e de conversas comigo, a INA decidiu intervir contra a AMORC no processo e a seguir deu entrada, naquele mesmo mês, nos documentos pertinentes. Eles julgaram que todas as transações conduzidas por mim estavam de acordo com os procedimentos estabelecidos pela AMORC.

Antes de ir a julgamento, mas depois de intervenção, a AMORC repentinamente começou a buscar acordos com as partes restantes do processo.

Não sei com que outras companhias de seguro a AMORC “fez acordos”, mas conhecendo os eventos com a INA, duvido seriamente que a AMORC tenha recebido algum dinheiro delas. Eu arriscaria dizer que o contrário ocorreu, mas uma vez que o acordo entre eles foi confidencial, eu realmente não sei.

k) Em 27 de maio de 1993, recebi um fax dos advogados da AMORC declarando que estavam fazendo acordos com todas as outras partes do processo e que eu era a última parte restante. Eles retirariam a ação contra mim se eu:

i. Pagasse US$100.000 à AMORC; e

ii. Pagasse suas custas processuais relativas à minha reconvenção.

 Respondi através de um fax com quinze itens. Entre outras coisas, declarei que estava pronto para ir a julgamento, que não pagaria nenhuma quantia à AMORC, que a AMORC deveria pagar os honorários de meu advogado e que meus três anos de salários não pagos fossem aplicados como se segue:

i.          50% a serem utilizados para o desenvolvimento da AMORC em Gana;

ii. 25% a serem utilizados para o desenvolvimento da AMORC na Nigéria; e

iii.            25% para aquisições para o Museu Egípcio Rosacruz.

Ainda afirmei que eu fosse parte eqüitativa com a AMORC na redação e aprovação de uma declaração geral marcando o fim do processo, e “que um documento fosse publicado pela AMORC esclarecendo que o título “Imperator” como utilizado pela AMORC se refere ao Presidente da Corporação e que ele é subserviente ao Conselho dos Grandes Mestres como declarado... e que eu (Gary L. Stewart) detenho a legítima transmissão do Ofício do Imperator a mim conferido por Ralph Lewis... (o qual, como registrado em Washington D.C., é somente meu enquanto eu viver, não podendo ser transferido a outro sem minha permissão, a qual não dou agora ou em futuro próximo.)”. Concordei em declarar que retirei o Ofício do Imperator da AMORC e não reivindicaria a AMORC.

 Em 7 de junho de 1993, os advogados da AMORC me telefonaram com uma contraproposta na qual cada um seguisse seu caminho, pagasse as custas dos próprios advogados e não reivindicasse culpa ou responsabilidade à outra parte. Concordei em princípio.

Em 18 de junho de 1993, os advogados da AMORC enviaram por fax uma proposta para o comunicado mútuo. Fiz objeção a vários pontos. Entretanto, meu interesse crucial era com a cláusula identificadora: “Rosa-Cruzes, uma Corporação da Califórnia sem fins lucrativos”, usada para identificar a AMORC. Objetei, declarando que o uso, por eles, da palavra “Rosa-Cruz” implicaria que eu não o era. Uma vez que eu era o Imperator de um Movimento Rosa-Cruz, tal admissão de minha parte seria uma inverdade.

 Além disso, eu entendia que a AMORC era agora uma Corporação Canadense, como ela havia anunciado. Assim sendo, eu queria esse ponto esclarecido.

Em 23 de junho de 1993, os advogados da AMORC responderam. Eles concordaram em não usar a palavra “Rosa-Cruz” e mudaram a cláusula identificadora para “SLG, AMORC Inc”. Mais tarde declararam que “... a Suprema Loja e a Grande Loja Inglesa tornaram-se entidades legais independentes... a Grande Loja Inglesa tornou-se a sucessora interessada legal dos direitos e responsabilidades do processo no início de 1991...

 “Colocado de maneira simples, a Corporação Canadense sem fins lucrativos a que você faz referência é uma nova entidade legal que não tem interesse neste processo.”.

Respondi em 29 de junho de 1993, afirmando que entendia que eles estavam dizendo que em janeiro de 1991, a SGL, AMORC Inc. foi dissolvida nos EUA e mudou para o Canadá como uma “nova” Corporação e que também em janeiro de 1991, uma nova Corporação chamada Grande Loja Inglesa da AMORC foi formada. Se nenhuma das entidades existia antes daquela data, quem está legitimamente me acionando? Também declarei que a remoção da SGL, AMORC Inc. para o Canadá era, no meu entender, uma violação da ordem restritiva relacionada à ação que a AMORC movera contra mim e objetei que ninguém fora notificado, muito menos os tribunais. Mais ainda, declarei que nenhuma moção fora feita ante as cortes nomeando a Grande Loja Inglesa como sucessora legal e, subseqüentemente, a despeito do que possa ter sido pretendido, eu não faria nenhum acordo com uma Corporação que nem mesmo existia na época do início do processo. Finalmente, declarei que não assinaria nenhum acordo identificando a SGL, AMORC Inc. como uma Corporação da Califórnia. Eu acrescentei a palavra “Canadense”.

 Em 9 de julho de 1993, eles responderam, dizendo que eu estava negociando com a SGL, AMORC Inc. e sugeriram remover a “... identificação das partes por referência ao Estado de incorporação ou residência”. Em outras palavras, a SGL, AMORC Inc. não seria referida como uma Corporação da Califórnia ou Canadense.

Como só recebi a carta deles, datada de 9 de julho de 1993, em 25 de julho, devido a um erro tipográfico que eles cometeram no meu endereço, eu a respondi em 28 de julho de 1993, afirmando: “Entendo, pelo seu segundo parágrafo que a entidade com a qual estou atualmente negociando e que iniciou este processo é a SGL, AMORC Inc., a qual era uma Corporação da Califórnia em abril de 1990, e depois se tornou uma Corporação Canadense em janeiro de 1991... se os senhores puderem... me garantir que tal remoção (“da Califórnia” ou “Canadense”) é apropriada perante a corte, não farei objeções.”.

Sua carta de 2 de agosto de 1993 me garantiu que tal remoção era apropriada e com esse entendimento, concordei com o comunicado mútuo.


l) Em 10 de agosto de 1993, a AMORC abandonou sua ação contra mim em seu prejuízo (a meu favor). Os termos da conclusão são muito simples.

Nenhum dinheiro foi trocado, ninguém reivindica culpa ou responsabilidade e ninguém admite qualquer transgressão ou má ação.

Tivesse a declaração de Knutson simplesmente afirmado que o processo acabara, a minha declaração teria sido a mesma. Foi devido a implicações e boatos que senti a necessidade de entrar em maiores detalhes para esclarecer a verdadeira natureza da situação. Por favor, não me contatem com relação a este assunto, uma vez que permanecerei em silêncio até o Tribunal. (4)

Finalmente, as ações provam a veracidade ou as mentiras das palavras. As ações da AMORC foram: dissolver, realizar nova incorporação e se mudar para fora do país, negar o Ofício do Imperator e redefini-lo como Presidente da Corporação, erradicando, dessa forma, os aspectos tradicionais e fraternais do Movimento Rosa-Cruz. Mas isto não é necessariamente algo ruim. A AMORC redefiniu seu propósito como uma Corporação orientada ao público, devotada à educação pública do termo “Rosa-Cruz”. Ela não declara ser uma Ordem fraternal. O mundo realmente necessita de organizações como essa e ela deveria ser apoiada em seu trabalho — não criticada ou atacada por inimigos vingativos, como vem ocorrendo atualmente.
 
Mas o mundo também precisa de um veículo fraternal, devotado à perpetuação do Movimento Rosa-Cruz e das Tradições, e tal veículo é a Confraternidade Rosae Crucis (CR+C), que também mantém e perpetua a integridade do Ofício do Imperator. Estou satisfeito que meu Ofício tenha mantido essa integridade a despeito dos ataques de seus inimigos.


Com Paz Profunda,

Gary L. Stewart

IMPERATOR
Declaração Rosacruz dos Deveres do Homem



Eu tenho um sonho...



Esta bela frase de um dos mais famosos discursos de Martin Luther King é um bom exemplo para dizer o que quero repartir com todos.

Como todos, ou a maioria dos que leem esse Blog sabem, a Maçonaria é uma grande colcha de retalhos de várias Cerimônias, Ritos e Potências espalhadas pelo mundo.

Os três graus simbólicos de Aprendiz, Companheiro e Mestre podem ser considerados uma exceção, pois são mais ou menos universais, embora entre Ritos e Potências apresentem ligeiras diferenças. Quem assiste uma Iniciação ao Grau de Aprendiz no Rito Escocês Antigo e Aceito verá que ela é diferente da Iniciação no Rito de York, e este é diferente do Rito Moderno, e assim por diante. Mas, em essência, os ensinamentos são os mesmos.

Dos Graus chamados, “superiores” ou “de aperfeiçoamento” iremos falar mais adiante.

Antes disso, porém, gostaria de apresentar aqui uma lista (incompleta) das várias Potências e Ritos que são mais comuns e existem no Brasil.

Primeiro, vamos listar algumas das principais potências Maçônicas: (o número de Lojas que aparece entre parênteses de algumas Potências, certamente não é o exato, mas dá para ser ter uma ideia da força da Potência). AS três primeiras são as maiores e possuem reconhecimento entre si, ou seja, um Irmão de uma potência pode visitar uma Loja da outra potência, o que já não ocorre com as Potencias listas do 4 em diante.



1.    GOB - 27 Grandes Orientes Estaduais. (GOSP – Grande Oriente de São Paulo)
      2.    CMSB (Confederação da Maçônica Simbólica do Brasil) – 27 Grandes Lojas Estaduais. (GLESP – Grande Loja do Estado de São Paulo)
     3.    COMAB (Confederação Maçônica do Brasil) – 20 Grandes Orientes Independentes Autônomos. (GOP – Grande Oriente Paulista)



4.    GONAB          Maçonaria Gloria do Ocidente - Grande Oriente Nacional. (64 Lojas no Brasil)

5.    GLOB             Grande Loja do Brasil. (5 Lojas no Brasil)

6.    GLUSA           Grande Loja Unida Sul Americana. (25 Lojas no Brasil)

7.    GOIB              Grande Oriente Interiorano do Brasil.

8.    PGLSB           Primeira Grande Loja Simbólica Nacional Brasileira.

9.    GOMES         Grande Oriente da Maçonaria do Espírito Santo.

10.  GLUI               Grande Loja Unida da Inglaterra no Brasil.

11.  GLADA           Grande Loja Arquitetos de Aquários. (20 Lojas no Brasil)

12.  GLOMAB       Grande Loja Maçonaria Mista do Brasil.

13.  DH                  Ordem Maçônica Mista Internacional. Federada no Brasil.

14.  GLU                Grande Loja Unida do Paraná.

15.  GLMU            Grande Loja Maçônica Unida do Piauí.

16.  GLUMALA     Grande Loja Unida de Maçons Antigos Aceitos do Estado do RJ.

17.  GOFMME      Grande Ordem da Franco Maçonaria Mista do Estado do RGS.

18.  GOIM             Grande Oriente Independente Misto do RGS.

19.  GORAPMM   Grande Oriente do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim.

20.  GOL               Grande Oriente Lusitano no Brasil.

21.  GLMM             Grande Loja Maçônica Mista do Brasil.

22.  GLF                Grande Loja Feminina da Amazônia.

23.  GLU                Grande Loja Unida de Minas Gerais.

24.  GLF                Grande Loja Feminina do Brasil.

25.  GLFMB          Grande Loja Feminina da Maçonaria Brasileira.

26.  GLMI              Grande Loja Mista Independente do RGS.

27.  GLMM             Grande Loja Maçônica Mista do RGS.

28.  GOM              Grande Oriente Misto do RGS.

29.  GLUB             Grande Loja Unida do Brasil.

30.  GLUSP           Grande Loja Unida de São Paulo.

31.  GLUMS          Grande Loja Unida do Mato Grosso Sul.

32.  GLURJ           Grande Loja Unida do Rio de Janeiro.

33.  GLURS          Grande Loja Unida do Rio Grande do Sul.

34.  UNILOJAS     União Mineira de Lojas Maçônicas Independentes.

35.  GLRSP           Grande Loja Regular de São Paulo.



Agora, vamos listar alguns dos Ritos mais praticados no mundo:

 Rito Escocês Antigo e Aceito
  1. Rito de Emulação ou York
  2. Rito de Schroder
  3. Rito Adonhiramita
  4. Rito Escocês Retificado
  5. Rito de São João
  6. Rito de Mizraim
  7. Rito Francês ou Moderno
  8. Rito Oriental de Memphis
  9. Rito Oriental de Mêmphis-Mizraim
  10. Rito de Adoção (Feminino)
  11. Rito de Estrita Observância
  12. Rito de Swenderborg
  13. Rito Retificado de Saint Martin
  14. Rito dos Arquitetos Africanos (Egípcios)
  15. Rito Eclético Lusitano
  16. Rito Hermético de Pernety
  17. Rito Brasileiro
  18. Carbonários
  19. Rito de Heredon

Só por essa “pequena” lista, já da para perceber a quantidade de Maçons de diferentes Ritos e Potências que existem no Brasil.

Essa pluralidade de Ritos e Potências inevitavelmente acabaria gerando algum desconforto entre si e esse desconforto chega, em alguns casos, a virar uma rixa entre as Lojas, o que, evidentemente não é salutar para a Organização.

Ultimamente, inclusive, (conforme já postei anteriormente), alguns pseudo Maçons, estão enviando convites por e-mail para que as pessoas ingressem na Ordem, algo totalmente contra os antigos Landmarks e a tradição da Maçonaria.

 Então, qual é o meu sonho? Uma Maçonaria unida! Uma Maçonaria forte e sem as divisões que existem hoje em dia. E sabem quando isso correrá? NUNCA!

Infelizmente, o poder está muito arraigado no ser humano, e as pessoas que ocupam cargos na Maçonaria (nem todas, graças ao GADU) ficam deslumbradas com esses cargos e esquecem de alguns dos princípios básicos da Maçonaria, que nem preciso citar aqui. Então, quem abriria mão do poder em detrimento de outro, para que existisse apenas uma potência Maçônica? Isso é completamente utópico e a tendência é justamente o inverso, ou seja, que sejam criadas mais potências com o passar dos anos, e as rixas só tendem a aumentar.

Eu sei que muitos Irmãos serão completamente contra essa minha opinião, e evidentemente eu respeito à posição deles, mas eu acredito firmemente que se a Maçonaria fosse mais compacta, poderia trabalhar muito mais em prol da humanidade e do desenvolvimento espiritual dos Homens.

JCBoscolo – MI - 33