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terça-feira, 12 de junho de 2012

Raymond Bernard



Caros amigos,

Uma das pessoas que eu maios respeito e admiro no universo esotérico é o Frater e Irmão Raymond Bernard, que foi Grande Mestre da Ordem Rosacruz — A.M.O.R.C. da França e Países de Língua Francesa. Legado Supremo do Imperator na Europa.
Nascido em 19 de maio de 1923, em Bourg d'Oisans, Isère, na França, Raymond Bernard formou-se em direito, na Universidade de Grenoble, e dedicou-se aos negócios de sua família. Nos anos seguintes realiza contatos com importantes ramos da tradição cavaleiresca e templária. Em 1956, é levado a deixar os negócios da família para dedicar-se à reorganização da Antiga e Mística Ordem Rosacruz-AMORC, da qual era membro desde muito jovem. Ocupou funções de Grande Mestre, Legado Supremo e membro do Conselho Supremo da Ordem. Restabelece os trabalhos da Ordem Martinista Tradicional (no Brasil Tradicional Ordem Martinista ), onde assume as mesmas funções para as quais fora investido na Ordem Rosacruz. Participa também dos trabalhos maçônicos da Grande Loja de França.
Escritor profícuo e inspirado, Raymond Bernard é o autor de vários livros , hoje clássicos , dedicados às tradições sapienciais e ao esoterismo tradicional.
No dia 10 de janeiro de 2006 ele deixava o seu corpo físico , partindo Em Luz , encerrando assim a parte encarnada de toda uma obra dedicada às circunstâncias da iniciação .
Conforme mencionado acima, foi um fantástico escritor e seus livros são clássicos e eu diria até obrigatórios para os que trilham a senda da iluminação.
Segue abaixo algumas páginas de um livro maravilhoso chamado:

Encontros com o Insólito



INTRODUÇÃO

 
As importantes funções que exerço no seio de uma das mais poderosas organizações tradicionais do mundo — a Ordem Rosacruz — A.M.O.R.C. — têm me conduzido, com freqüência, para além das fronteiras do estranho, e, no momento de escrever estes encontros com o insólito, o problema da escolha se me apresenta da maneira mais penetrante. Mas não é minha intenção revelar aqui o que é do domínio da experiência mística pessoal ou da realização oculta, dando a este termo o sentido mais elevado e não a interpretação pejorativa que, com razão, se veio a atribuir-lhe em conseqüência das declarações abusivas, ou talvez enganadas, de pseudo-magos ou iniciados. Sem dúvida alguma, eu teria, nesse domínio, muito a dizer, mas tal narrativa me levaria a divulgar aquilo que não me pertence senão como conseqüência de minhas responsabilidades oficiais e, sob esse aspecto, o silêncio vale mais que o risco real de misturar, sem prestar atenção, o que é pessoal ao que não o é. Além disso, embora eu me dirija a membros aceitos da Ordem Rosacruz — A.M.O.R.C, parece-me preferível reunir aqui unicamente fatos que se situem nos limites do tempo e do espaço ou, para usar de uma linguagem mais simples, no mundo em que vivemos. Em tudo o que se apresenta neste momento em meu pensamento, uma escolha se imporá ainda, mas eu estou convencido de que os encontros dos quais eu me decido hoje a vos falar vos trarão um encorajamento pessoal no caminho que seguis conosco. Está aí, creio, o que, acima de tudo, me leva a relatar estas experiências, das quais devo dizer que, mesmo as pessoas que me são mais chegadas, nunca ouviram falar. Para um místico não deve haver, no que respeita a fatos dessa natureza, interlocutor privilegiado, e os laços de família, nesse caso nada representam. Um místico permanece calado ou se, depois de refletir, ele fala, deve dirigir-se a todos, e, se uma escolha é necessária no que se refere ao assunto, a circunspecção já não o é, uma vez efetuada a escolha.
Tais como são os encontros escolhidos que vos apresento, são, apesar de tudo, insólitos, e eu não escolhi levianamente este qualificativo. Na verdade, eles saem do comum e mostram, de maneira evidente, que nosso mundo está longe de ser como aparece ao observador pouco avisado. Uma nuvem de mistério o envolve; entretanto, é nas cidades construídas pelo homem, às vezes no hall barulhento de um grande hotel, como numa casa modesta ou no meio da confusão da rua, que se dá o encontro previsto. O mistério no meio dos homens, o estranho no coração de uma sociedade voltada unicamente para a satisfação de seus apetites comuns!  Certas narrativas parecerão incríveis a outro que não vós, e talvez alguns de vós, no decorrer da leitura, terão necessidade de parar alguns instantes e de murmurar para si mesmos o nome do autor destas linhas, um autor que conhecem bem e há muito tempo, antes de continuar na relação destes encontros, com a certeza de que se trata de fatos e não de uma ficção. Mas que importa?! O essencial é que as coisas sejam ditas e se elas são ditas é porque isso é agora permitido. Então, que voem as palavras, as frases, a história, para aqueles que devem delas tirar proveito e não efeitos de estilo — somente uma linguagem simples, quase falada: a linguagem de um conto em que somente a verdade tem lugar, mesmo e talvez por causa de sua inverossimilhança. (continua)

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