Seguidores

quarta-feira, 13 de junho de 2012


Esboço das Preleções e Graus de Templo



Nono Grau

Outro Ritual de Templo altamente tocante, pelo qual os Membros que alcançaram convenientemente este Grau e devidamente para ele se qualificaram recebem títulos e honras do mais elevado grau na Ordem no que se relaciona com as cerimônias no Templo.
Obrigações sérias de Sigilo e devotamento à Doutrina Rosacruz são exigidas daqueles que recebem no Templo essa Iniciação, as mais importantes Palavras de Passe e métodos de identificação nos Graus do Templo.
O acima exposto é seguido por uma série de quarenta monografias e lições completas que tratam de assuntos, muitos dos quais não podem ser descritos num Manual desta espécie, que incluem revelações a respeito da relação do Homem para com Deus e as mais sublimes Forças do Cósmico, e o desenvolvimento dos mais elevados poderes metafísicos no interior de seu próprio corpo. Tornar-se-á ele capaz de usar algumas dessas forças da Natureza para encobrir ou ocultar coisas materiais assim como eliminar coisas mentais e psíquicas que possam se tomar obstáculos em sua vida, controlando ou modificando o curso dos acontecimentos naturais na parte com ele relacionados, de modo a promover determinados resultados em seus próprios assuntos e nos assuntos de outros. Este é o último Grau em que o Estudante recebe Iniciação no Plano Material, em Templos materiais (isso já mudou), e a partir deste ponto recebe instrução adicional e Iniciação Psíquica na medida em que para elas estiver preparado. Neste Grau, também, o Estudante recebe o último som vocálico da Palavra Perdida e aprende como a usar para afetar instantaneamente Leis, Princípios e Manifestações em toda a Natureza..

 Obs: O nono Grau ainda possui (ou possuía) uma série de "livrinhos negros" (figura acima) que na minha época eram bastante famosos. As infomações ali contidas não tem como explicar. Somente lendo mesmo e captando toda sua sabedoria.

Obs. Lembro a todos que essas informações são antigas e podem ter sido alteradas com o passar dos anos.

terça-feira, 12 de junho de 2012

As sociedades Secretas


Como sabem, eu lancei um livro algum tempo atrás, e nesse livro, entre outros assuntos,  eu narro as minhas experiências nas diversas iniciações que realizei em todos eses anos de estudo.
Estou divulgando uma delas:

Capítulo 8 – A Primeira Sociedade Secreta


Limpei a garganta e comecei.

 Eu me lembro bem daquela época.... meu sonho era trabalhar com gravações, com a área técnica de shows dos grandes astros do rock, já que ser músico era bem mais difícil, ainda mais no Brasil.

Naqueles tempos, existia uma revista chamada “Pop”, dirigida ao público jovem. Eu era leitor assíduo da revista e em um de seus números houve uma reportagem com um famoso técnico de som onde ele dizia que, um bom início para esta carreira era fazer um curso técnico de eletrônica.

Foi o suficiente. Como, coincidentemente eu havia terminado os estudos do 1º grau, me matriculei num curso de técnico de eletrônica. Eu tinha 17 anos nessa época.

Neste colégio, conheci muitas pessoas interessantes, e entre eles havia um que tinha um amigo meio “esquisito” chamado H.. Com o tempo, acabei fazendo amizade também com ele, e em nossas conversas ele citou que seu pai estudava em uma fraternidade e que ele o viu fazendo algumas coisas bem estranhas uma das quais era “entrar no espelho”, pelo menos foi assim que ele interpretou na época o que havia visto (sem o conhecimento do Pai). Disse que seu pai estava sentado de frente para um espelho e utilizando outro menor, realizou a façanha!

Dá para imaginar o que essa narrativa causou na minha imaginação! Fiquei fascinado pelo assunto. Então, o H. me emprestou alguns livros sobre misticismo e ocultismo. Minha mente viajava junto com a narrativa do autor.

 Devorei os livros em poucos dias e emprestei outros mais. A busca e compreensão do desconhecido, do mundo espiritual que estava me cativando.

Assim eu queria muito aprender cada vez mais os assuntos Ocultos e Místicos. Como o H. havia dito que seu Pai frequentava uma dessas organizações, procurei mais informações com ele. Muito insisti e ele acabou conseguindo tais informações e entrei em contato com minha primeira Ordem Iniciática.

A única informação que eu consegui foi que a Organização ficava em certa rua no centro de São Paulo, Brasil, e tinha uma “maçaneta triangular” na porta! Muito fácil de localizar não é?

Eu praticamente desconhecia o centro de São Paulo naquela época e não tinha a mínima ideia de onde essa rua ficava. Mas, continuei tentando. Com ajuda de uma amiga do colégio, a B., tomamos coragem e “cabulando” aula, lá fomos nós para o “centrão” da cidade à noite.

Pegamos um ônibus que dizia passar na rua que queríamos e descemos no final dela. Lembro-me que fiquei horrorizado e a B. ficou petrificada. Era um lugar muito feio e escuro, com pessoas, na nossa concepção da época, mal encaradas e assustadoras. Mas, como já estávamos lá, prosseguimos com a nossa missão. Subimos vagarosamente a rua inteira, e como não sabíamos o número, precisamos verificar em ambos os lados procurando a bendita “maçaneta triangular”. Esta rua não é pequena e com minha costumeira sorte, o local ficava no fim dela, mas do outro lado, não do que estávamos. Assim, subimos a rua inteira verificando todas as portas para ver a tal maçaneta. Nessa rua a maioria das casas era para fins comerciais e existiam também muitos prédios antigos.

Finalmente, chegamos ao final da rua em um aclive e nada... Não tínhamos achado! Ficamos cabisbaixos e desanimados, pois como esta era a única pista que tínhamos, parecia que nossa busca havia chegado ao fim sem sucesso. Pensei até que a informação estava errada e que estávamos andando por ali à toa. (Vale lembrar que naquela época não tínhamos as ferramentas que temos hoje como a Internet. Hoje basta clicar em qualquer site de busca que retornará uma quantidade enorme de informações). Mas, por um instinto que na época eu não sabia como funcionava, pedi para verificar uma porta próxima de onde estávamos que ficava um pouco recuada e provavelmente deve ter passado despercebida. Fomos averiguar e lá estava... a tal Maçaneta Triangular com uma pequena placa encima com o nome da Organização. Para nós foi como se houvéssemos encontrado o “Santo Graal”! Fizemos a maior festa ali mesmo no meio da rua. Algumas pessoas que passavam olharam para nós desconfiados.

 Bem, depois da alegria, veio a realidade! E agora? O que vamos fazer?

Somente naquela hora é que percebemos exatamente o que estávamos fazendo. Estávamos prestes a entrar em um local, sem qualquer tipo de convite, sem saber o que nos esperava, e tendo uma informação muitíssimo vaga do que se tratava! Afinal, uma pessoa “entrar no espelho” não é exatamente algo muito comum não é? O que mais se aprendia ali? Quem frequentava esse local? Seria perigoso? O que poderiam exigir de nós? E se fosse tão secreto que corríamos o risco de algum tipo de punição? E se simplesmente não fosse o lugar que estávamos procurando e poderíamos até ser acusados de invasão?

 Tudo isso passou por nossas cabeças e conversamos muito a respeito antes de tomar qualquer decisão.

 Enfim, a curiosidade juvenil e o desejo de conhecimento ganharam e decidiram seguir em frente.

Ok, vamos entrar. Mas, quem irá à frente? Ficou aquele jogo de empurra... vai você, não as damas primeiro... no final, como cavalheiro que sou e é claro, querendo impressionar a garota, me enchi de coragem para abrir a porta. Quando toquei na maçaneta, minha imaginação se pôs a trabalhar e já senti algum tipo de energia emanando da mesma... mas a única energia lá era a minha mão tremendo.

Com muita relutância, consegui abrir a porta, que não sei por que, estava tremendamente pesada e difícil de abrir... evidentemente, a minha imaginação estava se divertindo novamente.

 Quando a porta se abriu, (depois de todos os fantasmas e assombrações passarem por nós fazendo um vento danado, é claro, isso apenas na minha cabeça) conseguimos enxergar o que nos aguardava. Uma simples escada!

Confesso que foi um tanto decepcionante, pois esperávamos algo muito mais emocionante. Novamente começou a disputa: quem sobe a escada primeiro? Era daquelas escadas de prédios antigos, que fazem um “L” e não dá para ver o que ou quem está no final dela.

Novamente, eu fui incumbido da tarefa e com a B. grudada em minhas costas, começamos a difícil escalada. Subíamos muito lentamente, degrau por degrau. Eu podia sentir a respiração ofegante dela no meu pescoço e imagino que eu estava do mesmo jeito. Chegamos á curva da escada e nossa imaginação já estava a mil e ouvíamos todo tipo de ruídos estranhos, todo tipo de aromas exóticos e um clima diferente. Neste ponto, havia um quadro na parede de frente para quem subia os degraus com o seguinte teor:

Sei que há somente um Deus Vivente, Verdadeiro e Infinito, Criador e Mantenedor de todas as coisas visíveis e invisíveis, cuja Essência está difundida em todo Universo e cuja Mente e Consciência constituem a Alma do Homem.

 Quando lemos essas freses, ficamos bem mais confiantes, pois iam em direção do que realmente estávamos procurando. Assim, um pouco mais tranquilos, ou menos nervosos terminamos de subir as escadas e demos de cara com um ambiente bem diferente do que esperávamos. Era uma grande sala, muito limpa e arrumada, com o aroma suave de incenso de rosas no ar, algumas pessoas estavam sentadas em fileiras de bancos colocados juntos à parede à nossa esquerda, do lado direito de quem sobe, existia um pequeno auditório e à nossa direita, uma pequena mesa e um sorridente senhor sentado atrás dela olhando para nós.

 - Pois não disse ele. Em que posso ajudá-los?

Com a tranquilidade e harmonia do local, consegui falar com esse simpático senhor que mais tarde fiquei sabendo chamar-se R. e não era tão velho como aparentou no primeiro momento.

 - Nós queremos maiores informações sobre a Organização, disse, ou melhor, gaguejei eu.

 Ele então começou a nos explicar:

 - A Ordem “R”. é uma fraternidade internacional, de caráter cultural, fraternal, não sectário e não dogmático, de homens e mulheres dedicados ao estudo e aplicação prática das leis naturais que regem o universo e a vida. Seu objetivo é promover a evolução da humanidade através do desenvolvimento das potencialidades de cada indivíduo e propiciar uma vida mais harmoniosa para alcançar saúde, felicidade e paz. Para esse objetivo, a Organização oferece um sistema eficaz e comprovado de instrução e orientação para um profundo autoconhecimento e a compreensão dos processos que determinam a mais alta realização humana. Essa profunda e prática sabedoria, cuidadosamente preservada e desenvolvida pelas Escolas de Mistérios esotéricos, está a disposição de toda pessoa sincera, de mente aberta e motivação positiva e construtiva.

 Essas escolas de mistério foram criadas no Egito antigo que tinha atingido um elevado grau de desenvolvimento cultural e espiritual e assim, para que esse desenvolvimento não se perdesse e fosse transmitido apenas àqueles que tivessem merecimento, foram criadas classes de estudos privadas, onde os sacerdotes ensinariam as grandes verdades do universo a seus discípulos. Para a grande massa da população, ficariam apenas os dogmas religiosos da época.

- Mas quais são as instruções que a fraternidade oferece?

  - Os ensinamentos são divididos em Graus. Cada grau tem uma iniciação e um número específico de lições para serem estudadas. De forma bem geral, nossos ensinamentos são:

Consciência objetiva e cósmica, cérebro, mente, simbolismo místico, significado dos números, experimentos para desenvolver a consciência psíquica, ego, elevação do Eu psíquico, dons cósmicos, segredos orientais, desenvolvimento da aura, mistérios da alquimia, projeção de vibrações mentais, magnetismo, centros psíquicos do corpo humano, princípios ocultos a respeito da natureza da matéria e sua manifestação, leis da vibração, diferença entre matéria animada e inanimada, a mente do homem e suas faculdades, relação da mente para com a consciência cósmica, exercícios para intensificação da vitalidade e poder do corpo psíquico com sua consciência psíquica, revelações a respeito da relação do Homem para com Deus e as mais sublimes forças do Cósmico, entre outras coisas.

  - Caramba, disse eu fascinado. Quando coisa. E qual é o tempo necessário para se completar os estudos?

  - Isso não pode ser estimado, uma vez que cada um possui seu próprio desenvolvimento e o nosso tempo aqui na terra nem sempre é suficiente para aprendermos corretamente todas essas coisas.

  - Onde posso obter mais informações a respeito da Organização?

 Ele me entregou então um folheto que explicava como obter uma publicação que possuía maiores explicações e o formulário para se solicitar a filiação.

Então ele nos perguntou se queríamos olhar um pouco mais o local, ao que respondemos afirmativamente. Seguimos o corredor e ao lado direito ficavam algumas salas com pequenas placas na porta, indicando a que se referiam. Passando as salas, no mesmo lado esquerdo, já no final do salão, havia outro local maior que tinha uma placa escrita! “Suprimentos”. Eu olhei para ver o que tinha lá e vi muitos livros, incensos e uma coleção de coisas extraordinárias que eu não tinha a menor ideia para que serviam. Em minha imaginação pensei ver todo tipo de coisa misteriosa, poções mágicas, varinhas, mantos etc... Só com o passar do tempo verifiquei que nada disso existia. Eram suprimentos comuns utilizados nos estudos, livros sobre misticismo e esoterismo, algumas bijuterias com referência à organização, etc.

Em frente a essa sala, havia outra sala, mas não pudemos entrar lá;

Terminado o “tour” nós agradecemos e fomos embora.

No caminho para casa eu estava tremendamente excitado, pois aquelas revelações preliminares atingiram minha mente como um raio e eu estava ansioso para poder começar os estudos.

Logo no dia seguinte, eu preenchi o folheto, enviei para o local indicado e fiquei aguardando. Passado alguns dias, chegou a publicação e junto dela o formulário. Li e reli a publicação diversas vezes. Preenchi o formulário rapidamente e enviei.

Passou um tempo muito grande para minha ansiedade. Ficava aguardando a chegada do carteiro e cada vez que ele passava direto pela minha casa eu o xingava como se ele tivesse alguma culpa pela demora.

Até que um dia chegou uma simples carta da fraternidade. Fiquei assustado, pois na publicação dizia que chegaria um grande envelope, não um carta. Eu a abri com apreensão e quando li fiquei um pouco mais tranquilo. Ocorre que naquela época menores de 18 anos podiam entrar diretamente para a fraternidade, porém deveria acompanhar o pedido de filiação a autorização dos Pais ou responsáveis legais. Tudo bem, falei com meus pais, consegui a autorização e enviei para a ordem.

 Outro tempo grande se passou, mas finalmente chegou a confirmação de minha solicitação juntamente com o cartão de filiação. Fiquei em êxtase! Era oficialmente um estudante de ocultismo.

Abri o envelope com cuidado, com uma espécie de devoção exagerada. Lembrem-se, eu tinha apenas 17 anos. Estudei tanto as lições que cheguei quase a decorar cada parágrafo! Lia e relia, procurava no dicionário as palavras que não estava habituado com receio de mudar o sentido da frase. Fiquei fascinado!

 Comecei com os estudos em casa, mas eu queria muito começar a frequentar as reuniões em um Templo verdadeiro e isso deixava minha imaginação a mil. Porém, não sabia como fazer para frequentar os estudos no Templo. Não sabia onde eles estavam!

Por fim, acabei conhecendo um “amigo de um amigo” que coincidentemente também era estudante, o JL, cujo apelido era “T”. Foi com ele que soube que poderia frequentar uma Loja (é assim que é chamado o lugar das reuniões) e participar dos rituais.

 A Loja era aquela mesma onde fui buscar informações.

 Encontrei-me com o T. e fomos para a Loja. A mesma maçaneta, a mesma escada, a mesma recepção, mas desta vez eu pude ir a outros lugares.

 Como disse antes, existia um pequeno auditório, uma secretaria, algumas salas, uma pequena copa onde se servia o famoso “chá com cravo e canela”, e no final do corredor, à esquerda ficava o Templo da Loja, em cuja porta havia uma placa com a palavra “HARMONIA” escrita, local este que da outra vez que estiva lá desconhecia por completo.  Aliás, fiquei bastante espantado quando fui informado de que ali havia um Templo.

 Fui muito bem recebido e me deram as primeiras instruções de como assistir à reunião.

Em uma sala separada, um instrutor recebia todos os visitantes e explicava algumas coisas. Eu aprendi que existe uma forma específica para se adentrar ao Templo, também aprendi que existe uma forma correta de se andar dentro dele, e também uma forma específica para deixa-lo.

Em minha lapela foi fixada uma pequena rosa vermelha feita de tecido com uma haste, feita com arame também envolvida em tecido, mas verde. Essa era a forma tradicional para se identificar os visitantes da Loja.

 Hoje, já passados muitos anos, ainda tenho essa rosa muito bem guardada. (Hoje em dia esse procedimento não é mais utilizado) e só se pode frequentar o Templo após um período preparatório.

 Como éramos visitantes, podíamos tomar lugar à frente na fila de entrada. Lá fiquei um tanto nervoso, pois não tinha a menor ideia do que me esperava atrás daquela porta. Passado alguns minutos, ouvi o som de um gongo! O pulo que dei deve ter causado muitas risadas reprimidas dos outros integrantes da fila. Foi um susto enorme. Estava tudo em silêncio e de repente aquele som metálico e melodioso se fez ouvir. Eu que já estava muito tenso, quase cai de costas.

Após o gongo soar a porta se abriu e surgiu uma figura imponente, vestida com uma túnica amarela que ia do pescoço até os pés, com um semblante muito sério e compenetrado em sua função. Com uma voz de trovão (pelo menos soou assim para mim) disse algumas palavras que eu não consegui ouvir, tamanha era a minha fascinação. Fiquei ali parado olhando para ele e tentando olhar para aquele ambiente escuro que eu teria que entrar.

Alguém me falou que eu devia andar e mostrar as minhas credencias para aquela figura fascinante parada em frente à porta do Templo. E foi o que fiz. Aproximei-me da porta e entreguei minhas credenciais para serem verificadas. A figura, que mais tarde soube que era um Guarda examinou atentamente a documentação e me disse que poderia passar. Assim que cruzei a porta, deparei com um ambiente escuro, ou melhor, com uma iluminação muito suave e calmante, mas ainda não o suficiente para conter a minha ansiedade.

 Conforme eu havia sido instruído, me ofereceram uma espécie de avental para colocar, mas eu não lembrava como deveria fazê-lo. Fiquei segurando aquilo até que, com muita presteza e agilidade, alguém me acudiu e colocou o avental em torno da minha cintura e eu pude prosseguir. Vi então, que ainda não estava no Templo. Existia uma antessala entre a porta e a entrada do Templo propriamente dito.

Quando cheguei à porta de ligação da antessala com o Templo, finalmente pude visualiza-lo. Fiquei boquiaberto e petrificado no lugar onde estava. A primeira coisa que vi, foi outra figura em pé, parada de frente para quem entra. Essa figura usava o mesmo traje da anterior. Vi também que havia bancos laterais, o mesmo tipo de iluminação da entrada e tocava uma bela música suave. Na hora, essa figura que estava há certa distância de mim e na obscuridade, me parecia muito alta e usava uma longa barba grisalha. Fez sinal para que eu me aproximasse e realizasse a entrada pela forma convencional utilizada em todas as Lojas do mundo.

 Respirei fundo e lá fui eu. Acho que até me saí bem, tendo em vista o meu estado emocional. Mas quando cheguei mais perto do oficial, notei para meu total espanto, que se tratava de uma mulher, jovem e loira! Como nossa imaginação trabalha com afinco quando estamos emocionalmente abalados!

Após realizar a entrada formal me indicam um lugar para que tomasse assento. Sentei-me e ficava cada vez mais fascinado com o ambiente em que estava. Olhava para todos os lados, sentia todos os aromas do lugar e caramba, como o ar parecia mais leve naquele ligar! Notei que as pessoas que entravam não estavam abobalhadas como eu, e que assim que se sentavam, fechavam seus olhos e entravam em um estado de meditação e paz. Eu tentei fazer o mesmo, mesmo, mas não consegui. A minha excitação era muito grande. Percebi também que o oficial que estava de frente para a entrada corrigia delicadamente se alguém não fizesse a entrada correta.

 Notei que quase exatamente no meio do Templo havia um tipo de altar triangular com três velas sobre ele. Em cada ponto cardeal havia pequenas estantes com símbolos que até então eu desconhecia. No local que simbolizava o Leste, havia uma estante maior e mais elevada que as outras, acima dela (o que vim saber depois), o símbolo maior da fraternidade. A decoração era toda em motivos egípcios. Em frente à estante do Leste, havia um tipo de urna da qual saia uma leve nuvem de fumaça.

As pessoas continuaram entrando até o último membro da fila. Quando a porta se fechou, soou novamente o gongo e tudo ficou em silêncio absoluto.

Fiquei na expectativa do que ocorreria na sequencia... o gongo soou novamente, mas de forma diferente e o guardião se descolou para outra porta que ficava quase ao lado de que entrei. Eu não havia notado que existia aquela porta até que foi aberta. Por ela entraram outros oficiais, vestindo túnicas de cores diferentes. Um a um eles adentraram no Templo. Também fizeram a entrada formal como todos os outros e foram aos seus respectivos lugares.

O gongo soou mais uma vez e alguém pediu que ficássemos em pé. Então aconteceu algo que me emocionou bastante. Adentrou ao Templo uma figura de aparência frágil, porém extremamente forte em simbolismo e presença. Ela fez um trabalho magnífico no Templo conforme um texto maravilhoso era lido por outro oficial. Ao término desse trabalho, luzes apareceram no Templo! Foi muito bonito. Quando ela chegou a seu lugar, o gongo soou diferente novamente e anunciaram que o Mestre tinha chegado. Vocês podem imaginar minha excitação... ia ver o Mestre em pessoa! Para mim naquela época, o Mestre seria uma pessoa iluminada, detentor de muitos poderes. Todos estavam em pé, e foi solicitado que fizéssemos um determinado sinal. Quando todos estavam na posição correta, a porta foi aberta pelo guarda e o Mestre entrou. Também fez a entrada formal, se dirigiu ao Leste e a cerimônia teve início.

Ela prosseguiu com muita harmonia e beleza. Evidentemente, não posso entrar em mais detalhes da cerimônia, uma vez que ela é reservada aos membros ativos e regulares da Ordem. Mas posso afirmar que tudo é feito tendo como objetivo o desenvolvimento individual de todos os membros, o estudo e o trabalho em prol da humanidade, sendo dedicado esforço e trabalho para enviar vibrações de paz, saúde e harmonia a todos os povos, a todos os necessitados, sem que ao menos eles saibam desse fato, mas certamente sentirão os efeitos.

 Quando tudo terminou, me sentia em paz com todo o universo, me sentia relaxado e tranquilo, como há muito tempo não sentia. Para sair do Templo, os visitantes eram os primeiro e ficavam na recepção para receber os cumprimentos e boas-vindas dos membros da Loja.

 Nessa época, no início dos estudos, ainda mais jovem como eu era a vontade que eu tinha era de convidar todos os amigos e parentes para participarem da Ordem. Só mais tarde aprendi que o que é muito bom para alguns, pode não o ser para outros, e que existem vários caminhos a se seguir.



ENCONTROS COM O INSÓLITO (Raymond Bernard)

(CONTINUAÇÃO)

COMO APRESENTAÇÃO

 

A tradição nunca deixou de constatar um governo oculto do mundo, e a esse governo muitos nomes foram dados no decorrer dos tempos, assim como muitas sedes. No século passado, Saint-Yves d'Alveydre, talvez pela primeira vez de maneira tão explícita e precisa, a isso se referiu pormenorizadamente. Sua obra nascia no momento oportuno, e depois soube de fonte mais autorizada que, efetivamente, como ele mesmo relata, recebera instruções precisas para publicar essas revelações. A utilização abusiva de algumas informações esparsas mas fundamentadas, por certos aventureiros do oculto, mais preocupados com sua popularidade ou com seu sucesso financeiro do que com a verdade, fazia necessária uma explicação. Havia ainda aqueles que, não compreendendo coisa alguma, mas persuadidos de sua iluminação ou das revelações que lhes eram transmitidas, segundo eles, do Alto ou de tal ou qual mestre ou guia, forjavam estranhas teorias que, como é freqüente, exerciam uma atração incrível mas real sobre certos pesquisadores perdidos, sempre em busca de uma impossível novidade, na areia movediça do maravilhoso descontrolado. Logo, era necessário restabelecer a verdade, ao menos parcialmente, e foi assim que Saint-Yves d'Alveydre levantou uma ponta do véu sobre Agartha, tal como Agartha se apresentava no momento em que ele escreveu sua obra, e tal como, naquele momento, era constituída e conduzia suas atividades. Da mesma forma, vinha-se a saber de outras fontes seguras que a sede desse governo oculto do mundo era naquela época situada no deserto de Gobi. E ficou-se por aí.

Há fatos verídicos do passado que, como tudo em nosso mundo, estão em perpétuo movimento e transformação. Os fatos evoluem e seu conteúdo muda. O que, algumas décadas atrás, era verdade, está hoje ultrapassado. Todos aqueles que, atualmente, se interessam por essas questões particulares atribuem às informações de Saint-Yves d'Alveydre o mesmo crédito que antigamente e, sem refletir, admitem implicitamente que nada mudou desde então. Sei que sou o primeiro a fazer sobre este assunto novas revelações e tenho consciência da importância da responsabilidade que assumo neste caso, mas é claro que, como Saint-Yves d'Alveydre, jamais eu me teria aventurado em tais revelações sem permissão. Direi, portanto, claramente, que o governo oculto do mundo (sobre o qual tornarei a falar um pouco depois com detalhes, a propósito de um dos meus encontros insólitos) já não é, de modo algum, o que era trinta anos atrás. Além disso, já não se situa no deserto de Gobi. Sob todos os pontos de vista, como veremos, são levadas em consideração as condições do mundo moderno e sempre foi assim, numa progressão lenta, por um ajustamento constante às novas condições. Mas creio chegado o momento de relatar um primeiro encontro insólito.

Raymond Bernard



Caros amigos,

Uma das pessoas que eu maios respeito e admiro no universo esotérico é o Frater e Irmão Raymond Bernard, que foi Grande Mestre da Ordem Rosacruz — A.M.O.R.C. da França e Países de Língua Francesa. Legado Supremo do Imperator na Europa.
Nascido em 19 de maio de 1923, em Bourg d'Oisans, Isère, na França, Raymond Bernard formou-se em direito, na Universidade de Grenoble, e dedicou-se aos negócios de sua família. Nos anos seguintes realiza contatos com importantes ramos da tradição cavaleiresca e templária. Em 1956, é levado a deixar os negócios da família para dedicar-se à reorganização da Antiga e Mística Ordem Rosacruz-AMORC, da qual era membro desde muito jovem. Ocupou funções de Grande Mestre, Legado Supremo e membro do Conselho Supremo da Ordem. Restabelece os trabalhos da Ordem Martinista Tradicional (no Brasil Tradicional Ordem Martinista ), onde assume as mesmas funções para as quais fora investido na Ordem Rosacruz. Participa também dos trabalhos maçônicos da Grande Loja de França.
Escritor profícuo e inspirado, Raymond Bernard é o autor de vários livros , hoje clássicos , dedicados às tradições sapienciais e ao esoterismo tradicional.
No dia 10 de janeiro de 2006 ele deixava o seu corpo físico , partindo Em Luz , encerrando assim a parte encarnada de toda uma obra dedicada às circunstâncias da iniciação .
Conforme mencionado acima, foi um fantástico escritor e seus livros são clássicos e eu diria até obrigatórios para os que trilham a senda da iluminação.
Segue abaixo algumas páginas de um livro maravilhoso chamado:

Encontros com o Insólito



INTRODUÇÃO

 
As importantes funções que exerço no seio de uma das mais poderosas organizações tradicionais do mundo — a Ordem Rosacruz — A.M.O.R.C. — têm me conduzido, com freqüência, para além das fronteiras do estranho, e, no momento de escrever estes encontros com o insólito, o problema da escolha se me apresenta da maneira mais penetrante. Mas não é minha intenção revelar aqui o que é do domínio da experiência mística pessoal ou da realização oculta, dando a este termo o sentido mais elevado e não a interpretação pejorativa que, com razão, se veio a atribuir-lhe em conseqüência das declarações abusivas, ou talvez enganadas, de pseudo-magos ou iniciados. Sem dúvida alguma, eu teria, nesse domínio, muito a dizer, mas tal narrativa me levaria a divulgar aquilo que não me pertence senão como conseqüência de minhas responsabilidades oficiais e, sob esse aspecto, o silêncio vale mais que o risco real de misturar, sem prestar atenção, o que é pessoal ao que não o é. Além disso, embora eu me dirija a membros aceitos da Ordem Rosacruz — A.M.O.R.C, parece-me preferível reunir aqui unicamente fatos que se situem nos limites do tempo e do espaço ou, para usar de uma linguagem mais simples, no mundo em que vivemos. Em tudo o que se apresenta neste momento em meu pensamento, uma escolha se imporá ainda, mas eu estou convencido de que os encontros dos quais eu me decido hoje a vos falar vos trarão um encorajamento pessoal no caminho que seguis conosco. Está aí, creio, o que, acima de tudo, me leva a relatar estas experiências, das quais devo dizer que, mesmo as pessoas que me são mais chegadas, nunca ouviram falar. Para um místico não deve haver, no que respeita a fatos dessa natureza, interlocutor privilegiado, e os laços de família, nesse caso nada representam. Um místico permanece calado ou se, depois de refletir, ele fala, deve dirigir-se a todos, e, se uma escolha é necessária no que se refere ao assunto, a circunspecção já não o é, uma vez efetuada a escolha.
Tais como são os encontros escolhidos que vos apresento, são, apesar de tudo, insólitos, e eu não escolhi levianamente este qualificativo. Na verdade, eles saem do comum e mostram, de maneira evidente, que nosso mundo está longe de ser como aparece ao observador pouco avisado. Uma nuvem de mistério o envolve; entretanto, é nas cidades construídas pelo homem, às vezes no hall barulhento de um grande hotel, como numa casa modesta ou no meio da confusão da rua, que se dá o encontro previsto. O mistério no meio dos homens, o estranho no coração de uma sociedade voltada unicamente para a satisfação de seus apetites comuns!  Certas narrativas parecerão incríveis a outro que não vós, e talvez alguns de vós, no decorrer da leitura, terão necessidade de parar alguns instantes e de murmurar para si mesmos o nome do autor destas linhas, um autor que conhecem bem e há muito tempo, antes de continuar na relação destes encontros, com a certeza de que se trata de fatos e não de uma ficção. Mas que importa?! O essencial é que as coisas sejam ditas e se elas são ditas é porque isso é agora permitido. Então, que voem as palavras, as frases, a história, para aqueles que devem delas tirar proveito e não efeitos de estilo — somente uma linguagem simples, quase falada: a linguagem de um conto em que somente a verdade tem lugar, mesmo e talvez por causa de sua inverossimilhança. (continua)

Livros Rosacruzes antigos

Caros amigos,

Quando eu entrei na AMORC, existiam livros fascinantes que infelizmente hoje grande parte já não é mais publicada.
Eram livros maravilhosos que mostravam toda a tradição dos ensinamentos Rosacruzes.
Seguem abaixo algumas capas deles.
Que saudade....




























segunda-feira, 11 de junho de 2012

O que vem depois do 12º Grau Rosacruz?


Os posts que eu divulgo sobre a Ordem Rosacruz são feitos sempre com o intuito de incentivar e divulgar seus ensinamentos.
Eu sei que existem algumas dúvidas se realmente temos graus superiores ao 12º, assim, estou divulgando duas imagens muito emblemáticas, com a devida proteção.



Esboço das Preleções e Graus de Templo



Oitavo Grau

Outra tocante Cerimônia Ritualística ou Iniciação para aqueles que alcançaram sucesso no trabalho do Grau anterior, seguida por vinte e nove monografias sobre os princípios metafísicos mais elevados, pelos quais ao Estudante é revelada gradualmente sua natural relação para com Deus e o Cósmico, sendo-lhe também ministradas lições e exercícios precisos sobre a possibilidade de projetar seu corpo psíquico, atras de toda a matéria e do espaço, para qualquer pessoa ou lugar, tomando-se visível como é nesta encanação ou como foi em encarnação anterior, com a capacidade adicional de fazer com que determinadas coisas materiais se movimentem ou reajam na forma em que determinar, inclusive promovendo a produção de sons de instrumentos musicais, de sua própria voz, ou das coisas que possa psiquicamente tocar.

É ele também instruído nos princípios ensinados pelos antigos Rosacruzes, pelos quais poderá ministrar tratamentos a outros durante essas projeções ou levar a efeito atividades humanitárias sem revelar sua identidade, e comparecer a sessões ou convocações em Templos da Ordem, em lugares distantes, pela projeção e harmonização, e, de outras maneiras, realizar os experimentos descritos pelos Mestres do Extremo Oriente e outrora ensinados pelos Rosacruzes somente nos Templos do Tibete, onde os Mestres da Grande Loja Branca realizavam suas Convocações Sagradas.

Este Grau revela também as Leis com relação à personalidade em cada um de nós, e muitos fatos acerca de nossas encarnações passadas. Os verdadeiros fatos a respeito dos chamados princípios e fenômenos espíritas são revelados e muitos outros Ensinamentos Rosacruzes importantes, inclusive as Chaves para o Nono Grau.
 

Obs. Lembro a todos que essas informações são antigas e podem ter sido alteradas com o passar dos anos.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Templo Rosacruz Ornamentado para o 2º Grau de Templo



Os “Landmarks” do Martinismo





1) Crer em Deus, e invocar Yeheshua.
O Martinismo é uma Ordem essencialmente Cristã, e Yeheshua é invocado em todo encontro e documento Martinista.

A crença na Deidade é uma característica de todos os corpos Iniciáticos. Sem ela não temos razão de ser e nossos juramentos são sem significados. Nós somos cristãos, não numa maneira limitada nem dogmática, mas como verdadeiramente reverenciando Yeheshua como o mistério da encarnação do Logos no mundo físico. Neste sentido, os eventos do drama Cristão estão em progresso, é esta participação Divina na existência, que vem à tona todos os milagres que ocorrem em resposta às nossas orações e rituais teúrgicos. Todos os Martinistas estão, ou deveriam estar de acordo com este “Landmark”

2) A Iniciação transmitida por Saint Martin, S.I.
Alternadamente nós podemos considerar que esta Iniciação, se origina tanto em Pasqually como em Saint Martin. É este o legado que nos torna Martinistas. Nós consideramos como a transmissão de uma Essência Espiritual que nos une numa grande família Iniciática. Pode haver diferentes caminhos que temos conhecimento até o momento, como a diferença entre a Tradição Russa, a Tradição que vem de Papus e a Tradição que vem de Chaboseau, mas são afiliações que em todo o caso, ascende a Saint Martin. Concordando com a teoria de nosso estimado Irmão Robert Amadou, é então uma questão de afiliação de Desejo, de uma afiliação espiritual que era, aos pedaços formalizada ritualisticamente sob a influência de diversas personalidades.

3) A organização por Papus,
de uma estrutura consistindo de 2 Graus preparatórios e 1 Grau posterior que é o S.I. Todas as Ordens Martinistas trabalham com a mesma estrutura, embora possa haver variações nos nomes desses Graus. Eles utilizam mais freqüentemente: 1º Grau – Associado, 2º Grau – Iniciado e o 3º Grau – Superior Incógnito, Servidor Incógnito.

 4) Transmissão da Iniciação Oralmente,
Pessoalmente por um Iniciador autorizado, por qualquer título. A Iniciação é um presente dado por um Iniciador ao Irmão ou à Irmã inciandos, e é uma marca da mais profunda confidência entre os dois. Não pode ser transmitida pelo correio, ou por telefone ou qualquer outra maneira que não seja pessoalmente e na presença dos símbolos essenciais do Martinismo.O Iniciador pode ser conhecido por diversas formas e títulos deferentes: Iniciador, Iniciador Livre, Livre Iniciador, Filósofo Desconhecido.

Em todos os casos significam a mesma coisa, uma vez dada a autoridade por outro Iniciador assim podendo conferir a Iniciação. Para cada Grau, cada Iniciador é livre e autônomo. É basicamente deixada a discrição ao Iniciador para conferir a Iniciação. O desejo é o requisito para dar intelectualidade e a caridade espiritual para o Homem de Desejo, que deve estar equilibrado pela consciência da responsabilidade envolvida.
Um Iniciador nunca deve conferir a Iniciação àqueles meramente curiosos, nem àqueles que procuram na Iniciação a satisfação de seus próprios egos, ou ainda não conferir àqueles que a procuram com fins lucrativos e mercenários.
Não deixar nas mãos destes, nossa Tradição. Enquanto que cada Iniciador deve se esforçar para preservar a herança que lhe foi conferida, e passá-la intacta à posterioridade, deve ainda ter a certeza de que a Tradição não seja depreciada nem conferida por aqueles que não têm sido perfeitamente preparados e educados, e nem para aqueles que não tem certeza que manterão a Tradição pura, nem a dissolvendo, nem a barganhando por mera comodidade.

 5) Os Mestres do Passado.
Estes são aqueles que têm criado, contribuído, e definindo nossa Tradição, são aqueles que transmitiram a afiliação a nós. Alguns deles todos nós conhecemos: Papus, Sédir, Phaneg, Mestre Philippe. Outros Mestres são conhecidos somente por aqueles que pertencem a uma ou outra linha de filiação. Há alguns que tem trabalhado tão completamente “por detrás da máscara”, que são conhecidos somente por santos e grandes almas. Nós invocamos sua presença em cada encontro e pedimos por sua orientação e sua proteção.
 
6) A liberdade essencial para o Iniciado
Buscar seu próprio caminho rumo a reintegração. A Ordem Martinista tem tido desde primórdios dias, um programa de instrução de certos símbolos fundamentais. À partir destes, cada Iniciador ou grupo de dirigentes, tem sido livres para instruir de acordo com sua própria compreensão, e a compreensão e interesse do grupo. Deste modo, Martinismo é uma VENUE, mais propriamente um rígido curriculum, e isto é como deveria ser para o caminho de reintegração pessoal. Assim, alguns trabalharão com uma Ordem, outros com outra e alguns trabalharão sozinhos como Martinistas Livres. Sempre tem sido assim.

7) Crer no processo de reintegração para sair da Floresta dos Erros.
A Ordem Martinista desde seus primórdios antecedentes na Doutrina de Pasqually, sempre sustentaram que o homem está caído, perdido em sua própria privação, sem conhecimento dos privilégios de seu estado primordial. A função das escolas de Pasqually e Saint Martin tem sido relembrar o homem de suas glorias, de sua sobrenatural origem, e indicar o caminho de retorno. Alguns irão preferir seguir um caminho operativo, e alguns o caminho do Coração, a via Cardíaca; mas qualquer que seja o caminho escolhido, a jornada deve ser empreendida e completada.
 
8) O Uso do Manto, da Máscara e do Cordão.
Realmente, não importa se o manto é preto, branco ou vermelho; ou se o cordão do S.I. é branco, vermelho, ou amarelo; ou se há 3 nós, 5 nós ou nenhum deles. Todos os Martinistas fazem uso desses três símbolos profundos, e os significados das entrelinhas de todos eles na verdade são os mesmos.
 
9) O Uso das três roupas, preta, vermelha e branca.
Assim como o manto, a máscara e o cordão, essas cores são de uso universal e seu respectivo simbolismo está explicado em todos os lugares da mesma forma.
 
10) O Uso das Luminárias.
No alto de um altar Martinista, existem 3 velas brancas, dispostas em forma triangular. Em algumas Lojas estas são usadas somente em 2 Graus, em outras em todos os 3 Graus mas apagada em um. O simbolismo em qualquer lugar é o mesmo e pode ser aceito por todos os Martinistas.
 


11) O Uso do Pentáculo Martinista.
Em algumas Ordens Martinistas, o pantáculo está localizado no chão ao leste, em outras está acima da cadeira do Iniciador e em outras Ordens Martinistas, o pantáculo se encontra em ambos os lugares. Está em todos os documentos Martinistas e constitui um símbolo Martinista universal.
 
12) A estação do Mestre do passado.
Em todo Templo Martinista, qualquer que seja seu nome, há um lugar ou uma mesa, ou um altar com uma vela representando os Mestres do passado de nossa Ordem, da nossa família Iniciática. Pode ser mais decorado, mas a vela está sempre presente, e ilumina todas as cerimônias para representar nossa invocação aos Mestres do passado, para representar a presença deles em nossas assembléias, e para representar nossa aspiração em somar seu número.

quarta-feira, 6 de junho de 2012



Cansado de buscar, em vão, a substância sob o véu das formas que ela assume,
e de chocar-se incessantemente contra a muralha das aparências formais, consciente
 de um enorme além, o menos místico dos pensadores quis, certo dia, sondar
 os arcanos do mundo extrasensível. Assim, subiu a montanha até o templo do
 mistério, chegando a seu limiar. Ora, as gerações anteriores a ele assediaram
 o santuário sem jamais descobrir nele uma única porta. Renunciando a esse
 sol interior que faz florir, nos vitrais, rosáceas de luz, não conservaram nada
 além do ofuscamento de sua miragem eterna. Os solicitadores degraus do
templo terminam no granito inóspito das muralhas. No frontão, acham-se
 gravadas duas palavras que provocam o calafrio das coisas desconhecidas: "SCIRE NEFAS". Um subterrâneo cuja chave está perdida abre-se em algum ponto do vale.
Costuma-se dizer que, no decorrer dos séculos, alguns raros audaciosos
souberam forçar o segredo do subterrâneo, onde se cortam inúmeras galerias
entrelaçadas: lá jaz o inexorável ministro de uma lei incontestável. O antigo
guardião dos mistérios, a Esfinge simbólica, ergue-se sobre o umbral e propõe
 o enigma oculto:
"Treme, Filho da Terra, se tuas mãos não são brancas diante do Senhor!
Iod-Heve aconselha apenas aos seus. Ele próprio conduz o adepto pela mão
até o tabernáculo de sua glória. O temerário profano, porém, afasta-se
infalivelmente e encontra a morte nas trevas do bárathro. Que aguardas?
Recuar é impossível. Deves escolher teu caminho pelo labirinto.
Cabe-te decifrar ou morrer...