Os “Landmarks” do Martinismo
1) Crer em Deus, e invocar Yeheshua.
O Martinismo é uma Ordem
essencialmente Cristã, e Yeheshua é invocado em todo encontro e documento
Martinista.
A crença na Deidade é uma
característica de todos os corpos Iniciáticos. Sem ela não temos razão de ser e
nossos juramentos são sem significados. Nós somos cristãos, não numa maneira
limitada nem dogmática, mas como verdadeiramente reverenciando Yeheshua como o
mistério da encarnação do Logos no mundo físico. Neste sentido, os eventos do
drama Cristão estão em progresso, é esta participação Divina na existência, que
vem à tona todos os milagres que ocorrem em resposta às nossas orações e
rituais teúrgicos. Todos os Martinistas estão, ou deveriam estar de acordo com
este “Landmark”
2) A Iniciação transmitida por Saint Martin, S.I.
Alternadamente nós podemos
considerar que esta Iniciação, se origina tanto em Pasqually como
em Saint Martin. É este
o legado que nos torna Martinistas. Nós consideramos como a transmissão de uma
Essência Espiritual que nos une numa grande família Iniciática. Pode haver
diferentes caminhos que temos conhecimento até o momento, como a diferença
entre a Tradição Russa, a Tradição que vem de Papus e a Tradição que vem de
Chaboseau, mas são afiliações que em todo o caso, ascende a Saint Martin.
Concordando com a teoria de nosso estimado Irmão Robert Amadou, é então uma
questão de afiliação de Desejo, de uma afiliação espiritual que era, aos
pedaços formalizada ritualisticamente sob a influência de diversas
personalidades.
3) A organização por Papus,
de uma estrutura consistindo de 2
Graus preparatórios e 1 Grau posterior que é o S.I. Todas as Ordens Martinistas
trabalham com a mesma estrutura, embora possa haver variações nos nomes desses
Graus. Eles utilizam mais freqüentemente: 1º Grau – Associado, 2º Grau –
Iniciado e o 3º Grau – Superior Incógnito, Servidor Incógnito.
4) Transmissão da Iniciação Oralmente,
Pessoalmente por um Iniciador
autorizado, por qualquer título. A Iniciação é um presente dado por um
Iniciador ao Irmão ou à Irmã inciandos, e é uma marca da mais profunda
confidência entre os dois. Não pode ser transmitida pelo correio, ou por
telefone ou qualquer outra maneira que não seja pessoalmente e na presença dos
símbolos essenciais do Martinismo.O Iniciador pode ser conhecido por diversas
formas e títulos deferentes: Iniciador, Iniciador Livre, Livre Iniciador,
Filósofo Desconhecido.
Em todos os casos significam a
mesma coisa, uma vez dada a autoridade por outro Iniciador assim podendo
conferir a Iniciação. Para cada Grau, cada Iniciador é livre e autônomo. É
basicamente deixada a discrição ao Iniciador para conferir a Iniciação. O
desejo é o requisito para dar intelectualidade e a caridade espiritual para o
Homem de Desejo, que deve estar equilibrado pela consciência da
responsabilidade envolvida.
Um Iniciador nunca deve conferir
a Iniciação àqueles meramente curiosos, nem àqueles que procuram na Iniciação a
satisfação de seus próprios egos, ou ainda não conferir àqueles que a procuram
com fins lucrativos e mercenários.
Não deixar nas mãos destes, nossa
Tradição. Enquanto que cada Iniciador deve se esforçar para preservar a herança
que lhe foi conferida, e passá-la intacta à posterioridade, deve ainda ter a
certeza de que a Tradição não seja depreciada nem conferida por aqueles que não
têm sido perfeitamente preparados e educados, e nem para aqueles que não tem
certeza que manterão a Tradição pura, nem a dissolvendo, nem a barganhando por
mera comodidade.
5) Os Mestres do Passado.
Estes são aqueles que têm criado,
contribuído, e definindo nossa Tradição, são aqueles que transmitiram a
afiliação a nós. Alguns deles todos nós conhecemos: Papus, Sédir, Phaneg,
Mestre Philippe. Outros Mestres são conhecidos somente por aqueles que pertencem
a uma ou outra linha de filiação. Há alguns que tem trabalhado tão
completamente “por detrás da máscara”, que são conhecidos somente por santos e
grandes almas. Nós invocamos sua presença em cada encontro e pedimos por sua
orientação e sua proteção.
6) A liberdade essencial para o Iniciado
Buscar seu próprio caminho rumo a
reintegração. A Ordem Martinista tem tido desde primórdios dias, um programa de
instrução de certos símbolos fundamentais. À partir destes, cada Iniciador ou
grupo de dirigentes, tem sido livres para instruir de acordo com sua própria
compreensão, e a compreensão e interesse do grupo. Deste modo, Martinismo é uma
VENUE, mais propriamente um rígido curriculum, e isto é como deveria ser para o
caminho de reintegração pessoal. Assim, alguns trabalharão com uma Ordem,
outros com outra e alguns trabalharão sozinhos como Martinistas Livres. Sempre
tem sido assim.
7) Crer no processo de reintegração para sair da Floresta dos Erros.
A Ordem Martinista desde seus
primórdios antecedentes na Doutrina de Pasqually, sempre sustentaram que o
homem está caído, perdido em sua própria privação, sem conhecimento dos
privilégios de seu estado primordial. A função das escolas de Pasqually e Saint
Martin tem sido relembrar o homem de suas glorias, de sua sobrenatural origem,
e indicar o caminho de retorno. Alguns irão preferir seguir um caminho
operativo, e alguns o caminho do Coração, a via Cardíaca; mas qualquer que seja
o caminho escolhido, a jornada deve ser empreendida e completada.
8) O Uso do Manto, da Máscara e do Cordão.
Realmente, não importa se o manto
é preto, branco ou vermelho; ou se o cordão do S.I. é branco, vermelho, ou
amarelo; ou se há 3 nós, 5 nós ou nenhum deles. Todos os Martinistas fazem uso
desses três símbolos profundos, e os significados das entrelinhas de todos eles
na verdade são os mesmos.
9) O Uso das três roupas, preta, vermelha e branca.
Assim como o manto, a máscara e o
cordão, essas cores são de uso universal e seu respectivo simbolismo está
explicado em todos os lugares da mesma forma.
10) O Uso das Luminárias.
No alto de um altar Martinista,
existem 3 velas brancas, dispostas em forma triangular.
Em algumas Lojas estas
são usadas somente em 2 Graus, em outras em todos os 3 Graus mas apagada
em um. O simbolismo em qualquer
lugar é o mesmo e pode ser aceito por todos os Martinistas.
11) O Uso do Pentáculo Martinista.
Em algumas Ordens
Martinistas, o pantáculo está localizado no chão ao leste, em
outras está acima da cadeira do Iniciador e
em outras Ordens Martinistas,
o pantáculo se encontra em ambos os lugares. Está em todos os documentos
Martinistas e constitui um símbolo Martinista universal.
12) A estação do Mestre do passado.
Em
todo Templo Martinista, qualquer que seja seu
nome, há um lugar ou uma mesa, ou um altar com uma vela representando os
Mestres do passado de nossa Ordem, da nossa família Iniciática. Pode ser mais
decorado, mas a vela está sempre presente, e ilumina todas as cerimônias para
representar nossa invocação aos Mestres do passado, para representar a presença
deles em nossas assembléias, e para representar nossa aspiração em somar seu
número.